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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - No curso dos últimos anos foram numerosas as escrituras que testemunham o amor total e a paterna compreensão do Santo Padre em relação às pessoas sofredoras e doentes. Já na sua primeira aparição, assim que foi eleito, João Paulo II dirigindo-se aos doentes afirmou que queria apoiar seu ministério papal principalmente sobre todos aqueles que sofrem e que ao sofrimento, à paixão, às dores, unem a oração.
No documento “João Paulo II: um Papa que vem do sofrimento “ o Santo Padre é descrito como “Mestre e Pastor da Igreja Universal, que como os Profetas Bíblicos é testemunha da íntima participação ao sofrimento de Cristo Redentor que assumiu sobre si o mistério da Dor do Homem, transformando-o no caminho preferencial de salvação eterna. A carne é atormentada e torturada, mas o espirito è indómito, e o “mundo” também fica atónito! Pode-se dizer que aquilo que Paulo de Tarso escreveu de si mesmo tornou-se “letra viva”:
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Dia 11 de fevereiro de 1984 o Santo Padre publicou a Carta Apostólica «Salvifici doloris» sobre o tema da «dor salvífica», ou seja sobre o significado cristão do sofrimento, “mas, - dizia o Papa, - como é possível falar de dor salvífica? Não é pois o sofrimento um estorvo para a felicidade e um motivo para se afastar de Deus? Sem dúvida existem aflições que, do ponto de vista humano, parecem não ter nenhum significado. Na realidade, se o Senhor Jesus, verbo encarnado, proclamou «Felizes os Aflitos» (Mt 5,4), é porque existe um ponto de vista mais alto, o de Deus, que chama a todos para a vida, e mesmo se através de um caminho de dor e morte, ao seu Reino eterno de amor e paz. Feliz a pessoa que consegue fazer resplandecer a luz de Deus na pobreza de uma vida sofrida ou diminuída!”
“O sofrimento do homem é sagrado, refere-se a um projecto superior e misterioso e tem uma sua lógica somente se imerso em Cristo.”
Contribuição do camiliano Padre Felice Ruffini, subsecretário do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, empenhado no sector ha mais de 20 anos, extraído do volume “João Paulo II e o sofrimento” do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, instituído exactamente por João Paulo II em 1985. (AP) (2/4/2005 Agência Fides; Linhas :38 Palavras:518)
