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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - “Quero expressar nossa profunda gratidão ao Santo Padre porque ofereceu seu sofrimento e sua oração à Igreja na Tanzânia. A Santa Missa que celebrou na Policlínica Gemelli, da qual participamos, foi dedicada à específica intenção da missão da comunidade católica na Tanzânia”: com estas palavras, o Card. Polycarp Pengo, Arcebispo de Dar-es-Salaam falou à Fides. Com outros cerca de 30 Bispos tanzanianos, o Cardeal encontra-se no Vaticano para a visita ad limina apostolorum.
O Cardeal se concentrou nas três prioridades pastorais indicadas pelo Santo Padre na mensagem aos Bispos daquele país da África Oriental: família, clero e empenho social. “A situação da família na Tanzânia - afirma - é geralmente boa, mas não estamos imunes dos ataques de secularização e da desagregação dos núcleos familiares. Devemos dedicar muita atenção a esta realidade: somente através da família, podemos evangelizar a sociedade. Temos programas especiais de evangelização e instituímos a Comissão para a Família, na Conferência Episcopal. No âmbito do apostolado dos leigos, o papel da família é muito importante. Estamos também incrementando a infância missionária: através das crianças e dos jovens, podemos construir famílias autenticamente cristãs. Estamos promovendo também a formação bíblica das famílias, em pequenas comunidades que se encontram para trocar suas experiências, à luz da Palavra de Deus”.
Ao falar sobre o clero na Tanzânia, o Cardeal afirma: “Estamos muito felizes de nossos sacerdotes. É claro, seriam necessários muitos mais: é freqüente que os sacerdotes se interessem dos cuidados pastorais de várias paróquias, com grande zelo e dedicação. Os nossos sacerdotes são pobres, testemunham uma vida pobre. A mensagem para nós é um grande encorajamento: cuidamos com muita atenção da renovação espiritual e da atualização dos sacerdotes, através de cursos de formação específica, organizados anualmente, por um período de duas semanas. Alguns deles são também ‘missionários internos’, ou seja, desempenham serviço em dioceses tanzanianas diferentes da de proveniência, ou até em outros países africanos, assim como na Jamaica”.
O Cardeal Pengo deteve-se também no empenho social da comunidade cristã: “As relações entre a Igreja e o Estado são boas, e o governo deixa a Igreja livre de praticar suas atividades. A contribuição que a Igreja deu e continua a dar à nação consiste sobretudo no campo da instrução, que é muito apreciada, através de escolas, instituições de ensino e universidades. A nossa comunidade também realiza um grande esforço pela paz na África Oriental. E isso se nota no contexto do drama dos refugiados, que chegam à Tanzânia dos países confinantes, em fuga de conflitos: a Igreja está sempre na linha de frente, no acolhimento, inclusive colaborando com os Bispos dos países vizinhos”.
Enfim, o Cardeal explica como a comunidade na Tanzânia está vivendo o Ano da Eucaristia: “Inauguramos o Ano no último outono, com grande solenidade: milhares de peregrinos reuniram-se em Pugu, no local aonde os primeiros missionários beneditinos de S. Ottilien chegaram, em 1887, trazendo a Boa Nova, e começaram a evangelização do país. Celebramos uma Santa Missa e uma solene Procissão Eucarística, vividas pelo povo de Deus com grande intensidade. Hoje, um domingo por mês é dedicado a um aprofundamento especial sobre a Eucaristia, e em todas as paróquias, realiza-se uma catequese sobre a carta do Santo Padre Mane nobiscum Domine. Vemos frutos de conversão, sobretudo entre crianças e jovens: traduzimos para a língua swaili o lema ‘Eucaristia, vínculo de caridade e sinal de unidade’. Jovens, crianças e todos os fiéis se aproximam ao Sacramento da Reconciliação e da Eucaristia”.
(PA) (Agência Fides 15/3/2005)
