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Luena (Agência Fides) - Vindo de Angola, país que visitou com a Ecônoma Geral Ir. Candida Aspesi, a Ir. Rosangela Giorgi, que segue também os Projetos de desenvolvimento e economia solidária, enviou à Fides um relato do que fez em terras angolanas.
A visita a Angola marcou um momento forte de família para a nova área de missão (que as salesianas chamam Visitatória) “Rainha da Paz”, com sede em Luanda. Em 16 de fevereiro passado, foi aberta a escola de Luena, realizando um sonho que em 2001 envolveu todo o Estatuto das FMA, por ocasião da festa do OBRIGADO!. “Acenda uma luz na África” foi o slogan e a espera da “luz da educação” envolveu todas as Comunidades Salesianas no Mundo.
“Foi um momento significativo de gratidão ao Instituto - disse à Fides a Ir. Rosangela - de presença e de forte pertença. Estavam presentes crianças, pais, futuros professores e os operários, além do Bispo Dom Gabriel Mbilingui, dos Salesianos, e de um representante da Administração local, da Cooperação Espanhola e da ONG ‘Jovens Terceiro Mundo’. A educação é o caminho prioritário da justiça e da paz e com ela do progresso e da solidariedade, de que esta terra tanto necessita. Toda a construção foi realizada com jovens e operários locais, e os tijolos foram fabricados in loco. Além da educação, espera-se poder realizar, uma vez concluídos os trabalhos, uma atividade de microeconomia como trabalho autônomo e em parceria com os próprios jovens construtores.
A nossa visita - continua a Irmã - prosseguiu em direção a Benguela, terra recentemente marcada por uma forte enchente, que destruiu mais de 850 casas da população mais pobre. O início das aulas foi suspenso para abirgar mulheres e crianças e responder às primeiras necessidades. Apesar da situação local de falta de empenho do Governo e da grande pobreza, a esperança está sempre presente e o horizonte está sempre aberto.
Sucessivamente, fomos até as Comunidades de Kakuako, Luanda, superpovoadas de crianças e adolescentes, com colaboradores leigos e inúmeros catequistas que, nas várias capelas, levam adiante a catequese e a alfabetização, seguidas por um grande número de pessoas. Em uma única paróquia de Luanda centro, os inscritos são mais de 6.000.
Todavia, as conseqüências mais fortes da guerra, da violência e da pobreza marcam de modo especial as crianças e as mulheres, que levam adiante o maior peso da fadiga e do trabalho quotidiano.
A jovem ‘Visitatória’ está realmente acendendo em Angola tantas luzes de educação e de vida alternativa, com a mesma paixão dos nossos Santos: don Bosco e Maria Domenica Mazzarello. As 24 irmãs que a compõem, como uma família alargada, compartilham tudo entre as várias comunidades, desde os frutos da terra até o que a Providência envia, além das intuições educativas para que floresça também ali, nas diversidades culturais, sociais e políticas, uma nova cultura da vida e da solidariedade.
Angola - conclui I. Rosangela - pede a contribuição de voluntários, jovens e menos jovens presentes na nossa Visitatoria, mas também pede a todos para que vivam a solidariedade com a fantasia da caridade, que nos integra e nos provoca a tornarmo-nos construtores de justiça e laboratórios de paz, com o horizonte do mundo.” (AP) (14/3/2005 Agência Fides)
