Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Tabgha (Agência Fides) – Os escritórios administrativos da autoridade fiscal israelense rejeitaram nos dias passados o pedido de ressarcimento apresentado pela Igreja Católica pelos danos causados pelo atentado que, em junho passado, incendiou e devastou o Santuário do Milagre da Multiplicação dos Pães e dos Peixes, em Tabgha.
A legislação israelense prevê que os danos contra pessoas e propriedades causados por ataques terroristas sejam ressarcidos com somas de dinheiro. O incêndio vandálico perpetrado contra a igreja de Tabgha foi definido como um “ato atroz” e um “ataque contra todos nós” pelo próprio premier israelense, Benjamin Netanyahu.
Agora, os departamentos encarregados de ressarcir rejeitaram o pedido pelos danos causados ao santuário em Tabgha, afirmando que a matriz terrorista do incêndio não é demonstrável. Segundo os meios de comunicação israelense, o funcionário da autoridade fiscal israelense, Amir Cohen, enviou nos dias passados uma carta aos responsáveis pela igreja em que refere que o dano provocado pelo incêndio não entra naqueles ressarcidos pela autoridade fiscal israelense, enquanto os regulamentos em vigor garantem o ressarcmento somente por atos de violência causados por conflito árabe-israelense.
O incêndio vandálico contra a Igreja da Multiplicação dos Pães e dos Peixes também causou a hospitalização de um monge beneditino e uma voluntária alemã, intoxicados pela fumaça. Depois do atentado incendiário contra a igreja, uma condenação rápida também foi expressa pela Embaixada de Israel junto à Santa Sé. Num comunicado, a missão diplomática israelense lamentou as ameaças perpetradas contra os lugares de culto na Terra Santa, definindo-as “em total desacordo com os valores e tradições de Israel”. Em junho, um grupo de líderes religiosos judeus, guiados pelo rabino Alon Goshen-Gottstein, fundador e diretor do Elijah Interfaith Institute, iniciou uma coleta de fundos para a restauração da igreja vandalizada. Pelo atentado contra Tabgha, em julho, as forças policiais israelenses prenderam alguns colonos judeus extremistas. (GV) (Agência Fides 14/9/2015).
