ÁSIA/ÍNDIA - Em Orissa hoje o Dia da memória das vítimas dos massacres anticristãos

Segunda, 31 Agosto 2015

Bhubaneswar (Agência Fides) – Se realiza hoje, 31 de agosto, em Orissa, o "Dia da Memória", em que se comemora as vítimas dos massacres anticristãos ocorridos no distrito de Khandamal em 2008. Conforme relatado à Fides por fontes da Igreja local, participaram da celebração o Arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar, Dom John Barwa SVD, muitos sacerdotes e membros da Igreja local, intelectuais e ativistas, autoridades civis e líderes de organizações sociais que também vieram de outros estados da Federação. Explicando o espírito do dia, o Arcebispo observa que “recordando esses acontecimentos dolorosos, nos reunimos em oração pelas vítimas, reiterando, todos juntos, o nosso compromisso comum para a promoção da paz, da justiça e da esperança. A fé dos cristãos em Orissa se tornou mais forte diante das perseguições. Sete anos atrás, em agosto de 2008, cerca de cem cristãos foram mortos por uma multidão de extremistas hinduístas que pediram a eles para se converter. Cerca de 300 igrejas e 6.000 casas de cristãos foram saqueadas, deixando 56 mil cristãos desabrigados. A comemoração das vítimas do que é definida como “uma página escura na história da democracia indiana” foi realizada em Bangalore, no Estado de Karnataka, no dia 29 de agosto. O objetivo do evento, afirma um comunicado, é “expressar solidariedade com as vítimas da violência em Kandhamal, envolvendo pessoas de todas as classes sociais, religião, sexo e nacionalidade para infundir um raio de esperança, especialmente aos dálits e cristãos tribais”. “A celebração é uma ocasião para refletir sobre o tema da crescente intolerância fomentada por grupos extremistas hindus em todo o país e como estas ideias se infiltraram na administração, na polícia e nos tribunais, manchando valores como justiça, equidade, laicidade e cidadania, estabelecidos pela Constituição da Índia”, declara à Fides Jagadish G. Chandra, ativista de direitos humanos. A violência em Kandhamal é “uma questão de justiça, pois somente 2 dos 27 processos por homicídio chegaram à conclusão e apenas três mil das mais de 11.300 pessoas denunciadas foram levadas à juízo”, conclui Chandra. (SD-PA) (Agência Fides 31/8/2015)


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