ÁFRICA/RD CONGO - Novos ataques de Muslim Defense International (MDI) em Kivu do Norte

Segunda, 13 Julho 2015

Kinshasa (Agência Fides) - Um total de 16 óbitos, dos quais 8 terroristas mortos pelo exército, três civis mortos pelos agressores e 5 soldados mortos em batalha: é o resultado de um ataque de muçulmanos jihadistas de Muslim Defense International (MDI), o novo nome do grupo de ugandenses ADF-NALU, contra uma posição do exército congolês em May-Moya, no Kivu do norte, a leste da República Democrática do Congo. Os jihadistas incendiaram vinte casas, saquearam a farmácia e as lojas e sequestraram 14 civis, 11 dos quais posteriormente liberados. Estes últimos afirmam que a maioria de seus captores falavam em Swahili da África Oriental, em Kiganda (língua falada em Uganda), Kinyarwanda (língua de Ruanda) e árabe (quando rezavam).
De acordo com um comunicado enviado à Agência Fides pela Coordenação da sociedade civil local, o ataque ocorreu em 26 de junho. Mais tarde, em 9 de julho, o MDI atacou outra posição do exército na estrada principal Mbau-Kamango, no Parque Nacional de Virunga. No ataque morreram nove soldados congoleses e dois civis.
O MDI se tornou responsável sob a sigla ADF-NALU por vários crimes nesta área da República Democrática do Congo. Por este motivo, o Centro pela paz, a democracia e os direitos humanos (CEPADHO) do Kivu do Norte pediu que Jamili Mukulu, um dos chefes da organização terrorista, preso na Tanzânia em abril, seja extraditado para a RDC e não para Uganda, como anunciado pelas autoridades tanzanianas. Os crimes atribuídos a ele (massacres, assassinatos, estupros, sequestros, recrutamento de crianças-soldados) foram de fato cometidos em território congolês, lembra um comunicado enviado à Agência Fides. Recentemente, a Assembleia Episcopal Provincial de Bukavu denunciou a ameaça jihadista iminente na região (veja Fides 26/5/2015). (L.M.) (Agência Fides 13/7/2015)


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