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Bujumbura (Agência Fides) - “Vivemos numa situação assustadora, porque tememos mais violência”, disseram à Agência Fides fontes locais de Bujumbura, capital de Burundi, depois do fracassado golpe militar liderado pelo general Godefroid Niyombare (veja Fides 15/5/2015). “Continuam em diferentes bairros de Bujumbura as manifestações contra o terceiro mandato presidecial do presidente Pierre Nkurunziza. O centro da cidade continua bloqueado, o tráfego foi reduzido para 20-30% e apenas alguns escritórios estão abertos”, afirmam fontes de Fides que pedem anonimato. “As ruas são patrulhadas pelos militares porque a polícia não é mais responsável para controlar as manifestações. A população não quer a polícia, acusada de matar pelo menos vinte manifestantes nos últimos dias”.
Quatro dias antes do golpe fracasso, os militares parecem estar divididos, como demonstrado pelo comportamento diferente em relação ao manifestantes. “Alguns se comportam corretamente com os manifestantes, enquanto outros reprimem as manifestações com violência”, dizem as nossas fontes. Enquanto isso, pelo menos, 100 mil burundeses procuraram refúgio no exterior. “Nas províncias do país a situação é incerta porque com o fechamento da rádio (veja Fides 16/5/2015) é difícil obter notícias sobre o que está acontecendo na capital”.
Vinte militares golpistas foram presos. O Presidente substituiu três ministros, incluindo o da Defesa. Os bispos pediram para adiar as eleições previstas para 26 de maio (as parlamentares e locais) para 26 de junho (presidenciais) e convidaram os partidos políticos ao diálogo. (L.M.) (Agência Fides 19/5/2015)
