ÁFRICA/QUÊNIA - “Criar trabalho na África para deter a imigração ilegal”, afirma o Cardeal Njue

Sábado, 25 Abril 2015

Nairóbi (Agência Fides) – É preciso criar novas oportunidades de trabalho na África para deter a imigração ilegal rumo à Europa. Foi o que disse o Cardeal John Njue, Arcebispo de Nairóbi e Presidente da Conferência Episcopal do Quênia, durante uma coletiva de imprensa em Munique, organizada pela Missio München. O cardeal recordou a tragédia de Garissa, no norte do Quênia, onde 148 pessoas morreram por causa de sua pertença religiosa. “Cerca da metade dos assassinados eram cristãos”, ressaltou o cardeal, que também destacou como os líderes religiosos muçulmanos do Quênia condenaram o ataque.
Depois do atentado, cometido pelos Shabaab somalis, o governo de Nairóbi decidiu fechar o campo de Dadaab, o maior campo de refugiados do mundo (veja Fides 16/4/2015), afirmando que na estrutura se escondem os cúmplices dos intereglistas somalis. “Oficialmente, 350.000 pessoas vivem no campo situado perto da fronteira entre Somália e Quênia”, comentou o Cardeal Njue. “Suspeita-se que a milícia islâmica tenha se infiltrado em Dadaab e fechar o campo significa punir os inocentes colocando-os em perigo se enviados para a Somália”. O cardeal manifestou a esperança de que o campo não seja fechado e disse que a Igreja está negociando uma solução aceitável com as autoridades de Nairóbi. (L.M.) (Agência Fides 25/4/2015)


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