OCEANIA/ILHAS SALOMÃO - “Sejam luz para o povo e para a nação” - diz aos fiéis o primeiro pároco de Noro, hoje Bispo de Auki, no dia da consagração da nova Igreja, diante de numerosos cristãos de outras confissões

Honiara (Agência Fides) - Depois de anos de trabalho e muitas dificuldades, a pequena comunidade católica de Noro, diocese de Gizo, na província Ocidental das Ilhas Salomão, viu amadurecer os frutos de seu empenho com a dedicação de uma nova Igreja, em 6 de fevereiro passado. A cerimônia contou com a presença de mais de duas mil pessoas.
“Quem poderia imaginar que um dia teríamos uma belíssima Igreja sobre esta rocha” - disse em sua saudação introdutória o Bispo de Gizo, Dom Bernard O’Grady OP, agradecendo o Bispo Chris Cardone OP de Auki, primeiro pároco de Noro em 1992, e presente para a celebração, por seu empenho nesta comunidade.
A Igreja, com lugar para 300 pessoas sentadas, foi completada em 8 meses, graças também à contribuição dos paroquianos em dinheiro, material, madeira, pedras, areia, mão-de-obra, transporte e trabalho profissional.
A consagração foi um evento ecumênico: participaram representantes de várias outras denominações cristãs. As outras Igrejas na área suspenderam as funções de domingo para participar da bênção da nova Igreja católica. A liturgia foi animada por vários grupos eclesiais e jovens bailarinos. O momento central foi o solene gesto da entrega das chaves ao Bispo O’Grady, que, ao lado do Bispo Cardone, cortou a fita diante dos portões da Igreja. Muitas das pessoas presentes vieram de outras ilhas, em barco, para a celebração.
Na homilia, ao recordar a participação vivaz e alegre das pessoas, e dos jovens, na liturgia, na vida da Igreja, o primeiro pároco de Noro, Dom Chris Cardone, disse: “Agradecemos a Deus pelos primeiros anos desta paróquia, um sinal da presença do Espírito Santo. Vivamos o presente com entusiasmo e olhemos ao futuro com esperança. Conflitos, ódio, invejas, provêm do diabo, enquanto a paz é o caminho de Cristo” - disse o pároco, hoje Bispo. “Noro - concluiu - com suas várias denominações, culturas e tradições, é um sinal de esperança para difundir a Boa Nova”. Recordando as palavras do Santo Padre João Paulo II, exortou seus paroquianos antigos a escutar a mensagem do Evangelho, e a colocá-lo em prática para tornarem-se “luz para o povo e para a nação”. (PS-PA) (Agência Fides 15/2/2005)