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Freetown (Agência Fides) – Quarenta pessoas estão sendo investigadas sob a acusação de corrupção dos fundos destinados à luta ao vírus ebola em Serra Leoa. A investigação nasceu depois de um controle efetuado pela entidade que revisa os gastos públicos (Audit Service Sierra Leone), que constatou que 1/3 dos fundos destinados à luta contra a pandemia foi gasto sem um motivo claro.
O relatório, publicado na metade de fevereiro, constatou: controles inadequados sobre o destino dos fundos; pagamentos a hospitais sem qualquer prova de que o dinheiro tenha sido destinado aos salários de médicos e enfermeiros, que trabalham na linha de frente na assistência aos doentes e que correm o risco, por sua vez, de contrair a doença; o pagamento a diretores de hospitais e outros organismos que não chegaram aos caixas das entidades por eles administradas, e outras irregularidades.
O relatório examinou o período que vai de maio a outubro de 2014 e diz respeito aos fundos governamentais gerados pela arrecadação de impostos e pelo dinheiro doado por indivíduos e instituições em grande parte nacionais. Estão excluídos, ao invés, os fundos doados pelas instituições internacionais como a ONU e Ongs estrangeiras.
Na vizinha Guiné, outro país atingido pela emergência ebola, pediu-se a abertura de uma investigação semelhante para verificar a utilização correta dos fundos disponibilizados pelo governo e pelos doadores nacionais e internacionais para ajudar os doentes e lutar contra a difusão do vírus. (L.M.) (Agência Fides 3/3/2015)
