ÁFRICA/RD CONGO - “O governo garanta a liberdade de imprensa”: o apelo depois do fechamento de várias emissoras, entre as quais a televisão católica de Kinshasa

Segunda, 23 Fevereiro 2015

Kinshasa (Agência Fides) - “Garantir a liberdade da imprensa na vigília de importantes eventos eleitorais.” Este é o apelo lançado pela Associação da imprensa da República Democrática do Congo (Union Nationale de la Presse du Congo), num comunicado enviado à Agência Fides.
O documento recorda que nos últimos meses várias emissoras foram bloqueadas pelas autoridades. Entre estas, estão “Canal Kin TV (CTKV) e a radiotelevisão católica Elikya (RTCE), cujos sinais foram bloqueados em Kinshasa a partir de 16 de janeiro; a radiotelevisão JUA em Lubumbashi, bloqueada desde dezembro”, além de outras emissoras radiotelevisivas fechadas por autoridades em Beni e em Butembo no final de 2014.
A Associação da imprensa congolesa destaca que, depois da adoção de uma nova lei eleitoral e a apresentação do calendário eleitoral (veja Fides 21/2/2015), a situação no país se acalmou, mas as medidas de censura tomadas pelo governo “não favorecem um clima sereno para o exercício da profissão jornalística”.
O comunicado recorda ainda que “o papel da mídia é crucial numa democracia, particularmente durante o período eleitoral. Com efeito, a mordaça na imprensa e sua redução ao silêncio só amplificam as tensões no país, e comprometem seriamente a realização das eleições num clima pacífico”.
O fechamento improvisado das emissoras, por fim, “tem consequências socioeconômicas nefastas nos profissionais que nelas trabalham e desencoraja os investimentos no setor, comprometendo a criação de novos empregos”.
O comunicado se conclui lançando um apelo para que se garanta a liberdade de imprensa, e ao Conselho Superior para o sistema audiovisual e a comunicação, que é, entre outras coisas, encarregado da proteção da imprensa, para que denuncie todas as violações à liberdade da mídia. (L.M.) (Agência Fides 23/2015)


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