AMÉRICA/HAITI - Foyer Bethléem: “Dar aos deficientes aquilo que a natureza e a indiferença humana lhes negaram”

Terça, 9 Dezembro 2014

Porto Príncipe (Agência Fides) - No Haiti, o custo da vida é muito alto, o país é obrigado a importar tudo do exterior. A situação da população é muito precária e as condições de vida das pessoas com deficiência são ainda mais agravadas pela escassa assistência e alimentação. Padre Crescenzo, religioso Camiliano na ilha e referente local da Madian Orizzonti Onlus, se ocupa de 50 meninos e meninas com deficiência física e mental, completamente abandonados pelas famílias. São seguidos em uma casa de acolhida sem barreiras arquitetônicas, onde os deficientes podem passar facilmente de um andar para o outro. Trata-se do Foyer Bethléem e, segundo informado à Agência Fides, os hóspedes precisam de assistência completa e cotidiana, desde a limpeza pessoal até o vestiário, a reabilitação e ao apoio médico-sanitário, além de ter absoluta necessidade de alimentação nutriente.
“Normalmente – escreve pe. Crescenzo – são alimentados com comidas semilíquidas, como cremes com farinha, arroz, pasta, carne, leite, açúcar, biscoitos e sucos de fruta. Crescem de ano em ano, mas muitos ficam aleitados ou são cadeirantes e precisam de camisetas, casacos, calças, saias e roupas íntimas; assim como de lençóis e toalhas para substituírem os já usados. A maior parte das crianças com deficiência tem problemas de convulsões e epilepsia, e cotidianamente recebem remédios específicos que nem sempre se encontram na ilha. Todas as crianças, cerca de trinta de 9 a 18 anos, precisam de fraldas e alguns deles necessitam de várias trocas por dia”, conta o religioso, que lança um apelo de solidariedade para “dar aquilo que a natureza e a indiferença humana lhes negaram”. (AP) (9/12/2014 Agência Fides)


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