Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Bangui (Agência Fides) - “O povo é ainda refém de grupos armados presentes no território e que ocupam o cenário nacional”, denunciam os Bispos da Repúbica Centro-Africana na mensagem de Advento redigida pelo Conselho Permanente local da Conferência Episcopal, enviada à Agência Fides. “A liberdade de levar adiante suas atividades e enfrentar honestamente as próprias necessidades é uma ilusão para muitos dos nossos compatriotas. Na verdade a insegurança ainda obriga muitas pessoas a fugir de suas casas e aldeias para refugiarem-se em acampamentos improvisados, como em Bangui, em Bambari e em Batangafo”, continua a mensagem, lembrando que os bispos denunciaram “várias vezes as condições precárias às quais são injustamente submetidos os centro-africanos desde o início da crise política e militar (final de 2012 início de 2013, ndr.). Parece ser uma descida ao inferno”.
Os grupos que se combateram durate a guerra civil, a coalizão dos rebeldes Seleka e as milícias anti balaka, embora formalmente dissolvidos, criaram uma série de grupos de bandidos que se alastraram no país, a ponto de os bispos afirmarem de estarem “preocupados com o crescimento do grande banditismo”. Entre os atos cometidos por essas gangues, há os seqüestros de pessoas que não pouparam sequer os missionários, como Pe. Mateusz Dziedzic, sacerdote Fidei Donum polonês, libertado recentemente (veja Fides 28/11/2014). “Parece que alguns se divertem disseminando armas entre a população. É um jogo extremamente perigoso, que não favorece a coesão social”, afirma a mensagem.
Depois de exortar as forças de segurança nacionais e internacionais a reforçarem as medidas de segurança em favor dos civis, os bispos concluem recordando que a paz duradoura é um dom de Cristo, que porém depende de cada um, e que o instrumento ideal para obtê-la é o diálogo e o confronto construtivo. (L.M.) (Agência Fides 2/12/2014)
