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Jacarta (Agência Fides) – “Quem ocupa um cargo politico e institucional é chamado a servir o povo e a promover o bem comum, além de sua crença religiosa ou pertença étnica. E os cidadãos devem escolher seus líderes por suas capacidades, competências e profissionalismo, e não pela religião”: é o que disse à Agência Fides Dom Johannes Pujasumarta, Arcebispo de Semarang e Secretário geral da Conferência Episcopal da Indonésia, após a decisão do governo de Joko Widodo de nomear como governador de Jacarta o cristão protestante Ahok, até o momento vice-governador. Ahok assumiu o cargo em 19 de novembro.
Quando deixou o cargo de prefeito de Solo (cidade e Java central), o atual presidente Joko Widodo, muçulmano, nomeou em seu lugar o vice;prefeito católico Fransiskus Xaverius Rudi Hadiatmo. Assim, no cargo de governador de Jacarta, deixado por Jokowi para assumir a presidência da nação, entrou o cristão Ahok, que é também o primeiro indonésio de etnia chinesa a ocupar o cargo. Ahok, 48 anos, governará Jacarta até o fim do quinquênio, que termina em 2017.
Alguns grupos extremistas islâmicos, como a Islamic Defenders Front (FPI), contestaram Ahok, definindo-o “inimigo do Islã”; muitos líderes islâmicos, por sua vez, apoiaram a nomeação, reconhecendo em Ahok as virtudes de “honestidade, disciplina, transparência”. O Arcebispo Pujasumarta exortou os católicos a rezar por Ahok, “para que possa servir a região de Jacarta sem se deixar influenciar por grupos de interesse ou sentimentos baseados em etnia ou religião, mas sim orientado exclusivamente ao bem da população”. (PCP-PA) (Agência Fides 28/11/2014)
