ÁFRICA/REP. CENTRO AFRICANA - “Pe. Mateusz está bem e foi libertado sem precisar recorrer à força”, afirma a Fides o Vigário-Geral de Bouar

Bangui (Agência Fides) – Passa bem o pe. Mateusz Dziedzic, o sacerdote Fidei Donum polonês sequestrado em meados de outubro na República Centro-Africana (veja Fides 15/10/2014), que foi libertado ontem, 26 de novembro. É o refere à Agência Fides o Vigário-Geral da diocese de Bouar, pe. Mirek Gucwa. “Fomos informados na manhã de ontem da libertação do pe. Mateusz e já à noite conseguimos falar com ele por telefone. Disse que está bem”, conta pe. Mirek.
“Padre Mateusz foi libertado com outros 15 reféns de nacionalidade camaronesa, no território de Camarões”, afirma o Vigário-Geral de Bouar. Os reféns, entre os quais o sacerdote polonês, teriam sido sequestrados pela “Front Démocratique du Peuple Centrafricain (FDPC)”, cujo chefe, Abdoulaye Miskin, está detido em Camarões.
Um comunicado do Presidente da República de Camarões, Paul Biya, enviado à Agência Fides, afirma que a libertação dos 15 reféns camaroneses, sequestrados entre 20 de setembro e 24 de outubro no leste do país, foi possível graças a “uma operação especial conduzida pelas forças armadas e de segurança camaronesas”. O comunicado reconhece ainda a “contribuição apreciável” do Presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, mediador na crise centro-africana, para a libertação dos reféns.
Segundo informações recebidas por pe. Mirek, os últimos reféns não foram libertados através de uma operação militar e se espera a libertação por parte do grupo de outras 10 pessoas de nacionalidade centro-africana ainda em cativeiro. “Espera-se que sejam libertados em breve”, afirma. Atualmente, “pe. Mateusz se encontra em Brazzaville, onde deveria encontraro o Presidente Sassou Nguesso”, acrescenta pe. Mirek.
O Vigário Apostólico refere que em Bouar a situação é calma, com exceção de alguns episódios de furtos noturnos, graças à presença de um contingente da MINUSCA (Missão da ONU na República Centro-Africana), formada por militares de Camarões, Bangladesh e Marrocos. (L.M.) (Agência Fides 27/11/2014)