AMÉRICA/ARGENTINA – A luta contra a droga deve ser considerada uma questão de Estado

Posadas (Agência Fides) – A droga é uma chaga que faz parte da estrutura de morte, e é “um mal que está crescendo rapidamente no nosso país, sem controle, que produz silêncios e medos, obriga os cidadãos a serem simples expectadores de algo que nos faz sentir derrotados”: com essas cruéis expressões, o bispo de Posadas, Dom Juan Rubén Martínez, volta a destacar na sua carta semanal, enviada à Agência Fides, a dramática situação sobre a toxicomania na Argentina.
“Parece normal, e isso é muito grave, que quem combate contra a droga se exponha a ameaças pessoais ou à sua família, quando não chega às vezes a perder a própria vida”, prossegue o Bispo, que define deploráveis e irresponsáveis algumas propostas que falam em “liberar completamente o consumo das drogas, referindo-se obviamente ao uso que está danificando as nossas crianças e jovens, que caem no consumo e são as vítimas do comércio e das máfias, que crescem de maneira incontrolada no nosso país”. O Bispo destaca ainda a falta de políticas de educação e prevenção, e evidencia que as drogas não dão a liberdade, mas escravizam.
“Pela gravidade do problema da droga no nosso país e na nossa província, é necessário adotar políticas públicas e considerar a luta contra esta chaga social como uma questão de Estado”, pede o Bispo de Posadas, recordando que na sua diocese teve início um percurso pastoral para melhorar e coordenar as respostas ao fenômeno, sobretudo considerando que os jovens e os adolescentes são os mais atingidos.
Dom Juan Rubén Martínez está consciente de estar diante de “um mal que envolve setores muito influentes da vida pública e privada”, e que “tratar este problema gera silêncios que podem desencorajar”. Na conclusão, o Bispo reitera que “a droga é morte”, enquanto a Palavra de Deus nos diz que Jesus “é a ressurreição e a vida”, e portanto “mesmo que muitas sombras se acentuem na nossa realidade, acreditamos que também para este problema a vida triunfará sobre a morte”. (SL) (Agência Fides 05/11/2014)