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Kinshasa (Agência Fides) – Continuam os massacres em Beni, no Kivu do Norte, leste da República Democrática do Congo, não obstante a visita à cidade do Presidente Joseph Kabila com o fim de tranquilizar a população, aterrorizada pelas violências dos guerrilheiros do ADF-Nalu (veja Fides 17/10/2014).
Segundo a imprensa local, domingo, 2 de novembro, 14 pessoas, dentre as quais dois militares, foram mortas a facadas nas redondezas da paróquia de Gustave de Beni-Paida, no município de Ruwenzori.
O novo massacre provocou a ira da população que desceu às ruas da cidade, confrontando-se com a polícia depois de incendiar bandeiras dos partidos da maioria presidencial e destruir a estátua do Presidente Joseph Kabila, que estava em Beni desde 29 de outubro.
Segundo a Conferência Episcopal da RDC, cerca de 100 pessoas morreram no último mês por “presumíveis rebeldes ugandeses do ADF”. A grave situação na área foi denunciada no dia 17 de outubro por Dom Melchisédech Sikuli Paluku, Bispo de Butembo-Beni. Nos últimos meses, o exército congolês, junto aos Capacetes Azuis da MONUC (Missão ONU na RDC), conseguiu manter sob controle os principais grupos de guerrilha da área, especialmente o M23, mas o agravamento das ações dos rebeldes ugandeses levou a população ao terror.
(L.M.) (Agência Fides 5/11/2014)
