ÁFRICA/GANA - Bispos pedem para “adiar a Copa da África por causa do risco Ebola”

Terça, 4 Novembro 2014

Acra (Agência Fides) - Os Bispos de Gana pediram à Confederation of African Football (CAF) que adie o torneio da Copa das Nações Africanas 2015 (African Cup of Nations- AFCON 2015), que se deveria realizar no próximo outono, em Marrocos, por causa da pandemia de Ebola, que atinge alguns países do oeste da África.
“Como membros da Conferência Episcopal de Gana, acompanhamos com muito interesse e atenção os debates em relação ao possível adiamento da AFCON 2015 em função da ameaça de difusão do vírus Ebola na África ocidental e em outros lugares, e chegamos à conclusão de que não seria prudente realizar a competição bienal no próximo ano”. É o que afirma em uma carta Dom Joseph Osei-Bonsu, Bispo de Konongo-Mapong e Presidente da Catholic Bishops’ Conference, dirigida à CAF, responsável pela organização do evento, e cuja cópia foi recebida pela Agência Fides.
Gana, junto com a África do Sul, foi indicada como uma alternativa possível a Marrocos, país onde em janeiro deveria se realizar o evento esportivo, mas pediu para adiá-lo devido à questão Ebola. A CAF, no entanto, respondeu que não vai adiar a African Cup of Nations e deu prazo até o dia 8 de novembro às autoridades marroquinas para que confirmem ou não a sua disponibilidade de promover o torneio em seu território. A África do Sul já disse que não está disponível a hospedar o evento, ao contrário de Gana, cujo Ministro do Esporte afirmou que seu país está pronto para sediar a AFRCON 2015.
Os Bispos, porém, recordam que “faltam só dois meses e meio para o início da competição e francamente pensamos que, à parte as preocupações de saúde, não poderemos realizar todas as providências logísticas e infra-estruturais necessárias para seu início”.
A carta se encerra lembrando que a Organização Mundial da Saúde afirmou que Gana e outros 14 países são “prováveis destinos da doença” e, portanto, o eventual campeonato aumentaria o risco de contágio por causa do afluxo de visitantes estrangeiros e aglomerações de massa. (L.M.) (Agência Fides 4/11/2014)


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