Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Nova Délhi (Agência Fides) - "Nós, franciscanos, conhecidos pelo carisma de São Francisco e Santa Clara de Assis, seguidores de Cristo e seu Evangelho, apaixonados por Deus, pela humanidade e por todas as criaturas, dizemos ‘não’ à violência contra as mulheres, e estamos comprometidos em ajudar o crescimento e desenvolvimento das meninas": é o que afirma um apelo divulgado pela "Associação de Famílias Franciscanas da Índia" (AFFI), que reúne todas as congregações religiosas masculinas e femininas e as associações de leigos indianos inspirados por São Francisco de Assis. "Lembrando com dor a terrível violência contra as mulheres no país, como franciscanos da Índia, fazemos um apelo a todas as nossas instituições educacionais e de caridade, para que se concentrem no bem-estar das meninas por meio de ações concretas", destaca o apelo enviado à Fides e assinado por Pe. A.J. Mathew OFM.Cap, presidente da AFFI.
Os franciscanos indianos, presentes em 165 províncias recorda o texto, contribuem para o bem-estar da sociedade através de centenas de escolas, universidades, instituições médicas e obras espalhadas por todo o país, em benefício dos mais pobres, dos oprimidos e marginalizados.
A violência contra a mulher atingiu um nível intolerável no país, como emerge nos dados oficiais relatados no comunicado enviado à Fides: uma garota a cada cinco na Índia sofre violência física antes dos 15 anos; 4,5% das garotas de 15 a 19 anos são obrigadas a ter relações sexuais; 34% das adolescentes sofrem violência física; a cada dia 92 mulheres são violentadas na Índia; 91% das mulheres indianas são molestadas sexualmente no decorrer de sua vida.
Os franciscanos, diante deste cenário desolador, proclamam “a dignidade de toda menina e adolescente na família e na sociedade” e se comprometem a garantir “a alfabetização das meninas sobretudo nas áreas rurais e nos bairros pobres, em especial modo de grupos tribais e garotas dalits”. A rede AFFI pretende organizar seminários especiais e encontros sobre a proteção e promoção da mulher e criar um grupo de trabalho para monitorar a educação saudável das meninas na sociedade, promovendo em todos os níveis campanhas contra a violência contra a mulher. (PA)
(Agência Fides 14/10/2014)
