AMÉRICA/ESTADOS UNIDOS - Enquanto se aguarda a reforma, as famílias de migrantes continuam sendo divididas

Segunda, 22 Setembro 2014

Laredo (Agência Fides) – O Bispo da Diocese de Laredo (Texas, EUA), Dom James Anthony Tamayo, queixou-se que a reforma de imigração proposta ainda não se realizou e as autoridades federais continuam separando muitas famílias devido à falta de documentos. A nota enviada à Agência Fides por uma fonte local relata as palavras do Bispo: "Em Laredo continuamos a ajudar as famílias dos centro-americanos que chegam para tentar se reunir com seus parentes nos Estados Unidos. Talvez nem todos sabem que a migração se reduziu significativamente e agora chegam só de 5 a 10 famílias por dia e não como antes que eram mais de 100 por dia".
Dom Tamayo improvisou uma coletiva de imprensa após a missa de domingo, informando que esses migrantes são assistidos, fornecendo-lhes alimentos, roupas e um lugar para lavar-se e poder contatar suas famílias nos Estados Unidos. Ele acrescentou que ele está trabalhando com o governo norte-americano e com outras igrejas para tentar encontrar uma solução definitiva para o problema da imigração ilegal.
"Nós, como Igreja, temos responder a esta situação de emergência e ajudar o próximo, mas isso também requer uma mudança nas leis dos Estados Unidos, para que a reunificação das famílias não se torne uma coisa longa”, disse Dom Tamayo. Atualmente as famílias precisam de cerca de 10 anos para responder aos requisistos pedidos e finalmente se reunir e sabemos que os requisitos de admissão são muito rigorosos. A solução mais prática que vemos é a adoção de uma reforma da imigração. Este país precisa de muitos trabalhadores no campo, em hotéis e restaurantes, na construção civil e estas pessoas só querem trabalhar".
Em 27 de junho de 2013, o Senado aprovou o projeto de lei S. 744, que prevê a cidadania para os imigrantes sem documentos que chegaram aos Estados Unidos antes de 31 de dezembro de 2011 e que não têm antecedentes criminais. No entanto, devido a divergências entre democratas e republicanos, a Câmara ainda não definiu uma data para a sua discussão em vista da aprovação definitiva. (veja Fides 30/05/2014). (CE) (Agência Fides, 22/09/2014)


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