ÁFRICA/GANA - Crises regionais, moeda e política agrícola comuns, eletricidade foram os temas discutidos na Cúpula da Comunidade Econômica dos Estados da África ocidental, concluído na quinta-feira

Roma (Agência Fides)- A Cúpula da Comunidade Econômica dos Estados da África ocidental (CEDEAO/ECOWS) conclui-se nesta quinta-feira em Acra, capital de Gana, com a nomeação do Presidente do Níger, Mamadou Tandja, a presidente da comunidade, que reúne os 15 países do oeste da África.
Tadja sucede ao Presidente de Gana, John Kufuor, que guiou a CEDEAO por dois mandatos. No centro da Cúpula dos chefes de Estado da organização, esteve a crise na Costa do Marfim. Os membros da CEDEAO reafirmaram seu apoio às iniciativas tomadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e pela União Africana, para restabelecer a paz na Costa do Marfim, com especial referência aos acordos de Marcoussis (França) de janeiro 2003 e ao chamado “Acra III”, da metade de 2004. Os dois acordos prevêem a formação de um governo de unidade nacional, o desarmamento das facções, a reforma da Constituição e as eleições gerais, a serem realizadas até o final de 2005.
A CEDEAO reiterou ainda o apoio em favor da segurança na Guiné-Bissau, de modo que as eleições possam ser realizadas em maio deste ano.
Entre os temas econômicos em discussão, estava a criação de uma política agrícola comum, para garantir uma estabilidade alimentar duradoura aos países participantes, e a utilização racional dos recursos da região. Foi alcançado um acordo para melhorar a produção de eletricidade na região. Também se discutiu medidas para a liberalização dos transportes aéreos e um projeto para a criação de uma moeda comum entre os 15 países da Comunidade.
Aderem à CEDEAO, com sede em Abuja (Nigéria), 8 países francófonos (Benin, Burkina Fasso, Costa do Marfim, Guiné, Mali, Níger, Senegal e Togo), 5 anglófonos (Gâmbia, Gana, Libéria, Nigéria e Serra Leoa) e dois de língua portuguesa (Cabo Verde e Guiné-Bissau). A Mauritânia, membro-fundador, se retirou em 2000. A organização foi fundada 30 anos atrás e tem a tarefa de promover a paz, a estabilidade e a integração econômica dos Estados da África ocidental. (L.M.) (Agência Fides 20/1/2005)