Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Cartum (Agência Fides)- Depois do recente acordo com os rebeldes do sul do Sudão, o governo de Cartum chegou a um acordo com a Aliança Democrática Nacional (NDA), uma organização à qual pertence uma série de grupos da oposição, a maior parte dos quais no norte do Sudão.
O acordo será assinado em uma solene cerimônia a ser realizada no Cairo, em 12 de fevereiro. O Egito, de fato, desempenhou uma importante obra de mediação na crise sudanesa. A NDA reúne 13 organizações políticas e 50 sindicatos e união de profissionais, todos caracterizados pela oposição ao regime de Cartum.
Mas ainda permanece sem solução o conflito em Darfur, a região ocidental do Sudão, onde até agora já morreram 100 mil pessoas e 1,6 milhão de pessoas estão refugiadas (a pior situação humanitária dos últimos anos, segundo as Nações Unidas) desde que, em fevereiro de 2003, a população local se insurgiu contra a opressão governamental. A insurreição foi reprimida com extrema dureza, principalmente porque o governo recorreu a milícias árabes (os janjaweed, que literalmente significam “diabos a cavalo”), extremamente ferozes contra os civis locais.
No entanto, a ONU, através do seu enviado especial para o Sudão, Jan Pronk, anunciou que entre 9.000 e 10.000 capacetes-azuis serão posicionados no sul do Sudão, para controlar e garantir o cessar-fogo permanente, como previsto pelos acordos assinados oficialmente entre as partes no último dia 9 de janeiro, no Quênia, local das negociações de paz). A operação, que terá um custo estimado de ao menos 100 milhões de dólares por ano, deverá iniciar por volta da metade de fevereiro, depois da formal, e óbvia, autorização das Nações Unidas. (L.M.) (Agência Fides 19/1/2005)
