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Roma (Agência Fides) - Os dados são de emergência cotidiana: 35 milhões de casos de Hiv/Aids no mundo, 5 milhões de novas infecções somente em 2003, 2,9 milhões de mortes. 85% destas mortes (2,4 milhões) verifica-se na África. Como enfrentar esta emergência? Com base em quais estratégias e com que recursos? É o que se discutirá no Cuamm, sábado, 22 de janeiro.
A história da Aids é uma pagina escura para toda a humanidade. Acompanhada por omissões, negligências, indiferenças e especulações. Mas, há pouco mais de 20 anos de seu início, a doença se concentra nas áreas mais pobres do planeta. Segundo os dados do Relatório UNAIDS 2004, nos países mais ricos, registra-se uma redução no número de casos: morre-se sempre menos de AIDS, graças às terapias disponíveis. Mas na África, não existem recursos para garantir à população atingida a terapia anti-retroviral, e os sistemas de saúde, carentes de maior financeiros e materiais, estão completamente à deriva.
Precisa-se de ingentes recursos para enfrentar a emergência. Dos 5.616 bilhões de dólares previstos para o período 2001-2008 pelo Fundo Global de Luta à AIDS, tubeculose e malária, até hoje foram destinados menos de 2 bilhões.
Há cinco anos da criação do Fundo Global, o Cuamm, Médicos com a África, se interroga sobre o estado da luta à AIDS na África. Por que os compromissos não são mantidos? Que estratégias aplicar e que atividades os agentes engajados cotidianamente em projetos de luta à AIDS devem desempenhar? A estas questões, responderão alguns especialistas do Cuamm, da Comunidade de Santo Egídio e do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Florença, tentarão dar respostas.
(AP) (18/1/2005 Agência Fides)
