AMÉRICA/COLÔMBIA – Respeito dos direitos humanos para as vítimas das minas antipessoais

Quarta, 9 Abril 2014

Medellín (Agência Fides) – A Colômbia é o segundo país do mundo onde existe o maior número de minas antipessoais. Apesar de o departamento de Huila não possuir a maior quantidade, em menos de 15 anos foram registradas 224 vítimas. No decorrer da conferência mundial que acaba de se concluir em Medellín sobre os direitos das vítimas das minas antipessoais, foi solicitado expressamente que o tema volte para a agenda dos direitos humanos e que as comunidades de pessoas que ficaram descapacitadas unam seus esforços contra a discriminação. Em muitos países, os centros de reabilitação e de apoio psicológico se encontram nas grandes cidades, enquanto a maior parte das pessoas atingidas vive nas regiões rurais. São necessários serviços de saúde e de tratamento psicológico, a criação de redes de ligação entre os sobreviventes, para que possam compartilhar experiências e iniciativas. Segundo a ong internacional Landmine and Cluster Munition Monitor, os países mais atingidos pelo fenômeno são Afeganistão, Colômbia e Camboja, Iêmen e Paquistão. Em 2012, a ong registrou 3.628 vítimas de minas e de outros resíduos bélicos no mundo. Destas, 1.066 morreram. Os resultados deste encontro em Medellín serão apresentados pela Colômbia num outro encontro que se realizará em Genebra e servirão também como base para a terceira revisão quinquenal da Convenção de Ottawa, que se realizará em junho em Moçambique. Os camponeses vão vestir indumentos apropriados para identificar posições geográficas, para a comunicação e primeiros-socorros. São acompanhados também por especialistas em desarmamento. Em 2000, a Colômbia aderiu à Convenção de 2000 Ottawa que proíbe o uso deste tipo de armas, e desde então as forças públicas iniciaram processos de desarmamento dos próprios campos. (AP) (9/4/2014 Agência Fides)


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