EUROPA/ESPANHA – Um exército de mulheres e crianças recolhe lixo para sobreviver

Sexta, 4 Abril 2014

Madri (Agência Fides) - Cerca de 15 milhões de pessoas vivem e trabalham em todo o mundo recolhendo e reciclando lixo. Dentre estes, os mais vulneráveis são as mulheres e as crianças. Todavia, esta atividade começa a ser vista também como uma contribuição positiva por constituir uma economia para os municípios e ajudar na limpeza das cidades nas quais não é previsto algum orçamento para esta atividade. As pessoas envolvidas também estão começando a se organizar e a se convencer que seu trabalho em meio ao lixo seja uma ocupação digna como outra qualquer, que lhes permite ganhar para viver. Recolhem lixo, o dividem e o reciclam. Para enfrentar o fenômeno, em Cobán (Guatemala), Phnom Penh (Camboja) e Akouedo (Costa do Marfim), a ong católica espanhola Manos Unidas está realizando projetos para combater pobreza, desigualdade e injustiças. Em Cobán, onde se registra o maior índice de pobreza de todo o país e crianças e jovens são vulneráveis ao crime organizado e entrar em esquadrões armados e na delinqüência comum, a ONG espanhola está colaborando com a Asociación Comunidad Esperanza para ampliar o Centro de Formação Integral Ciudad de la Esperanza, que oferece aos jovens e às crianças, principalmente indígenas, a chance de receber instrução juvenil primária, básica e universitária, além de laboratórios de formação profissional e art;;ística. Em Akouedo, aldeia periférica de Abidjã, encontra-se o principal centro de coleta de lixo do oeste da África. Neste lugar inóspito, trabalham milhares de crianças de 5 a 15 anos, expostos à miséria, à AID S, abusos e prostituição. Os membros da comunidade da região receberam um terreno e construíram um centro no qual assistem 89 crianças. O crescimento econômico vertiginoso de Phnom Penh, capital da Camboja, está acentuando as diferenças entre ricos e pobres e milhares de famílias foram despejadas e expulsas para áreas periféricas. Coletores de lixo estão estacionados em favelas sem eletricidade e água potável, e os moradores devem caminhar 10km por dia para trabalhar 21 horas e ganhar 1 dólar. (AP) (4/4/2014 Agência Fides)


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