OCEANIA/PAPUA NOVA GUINÉ - Coordenador Onu na Papua: “Sobre a pena de morte, é urgente um suplemento de reflexão”

Segunda, 3 Fevereiro 2014

Port Moresby (Agência Fides) – “Sobre a pena capital, é bom que o governo tome tempo por um suplemento de reflexão. É preciso examinar atentamente os próximos passos e considerar outras opções": foi o que disse, enquanto o debate sobre a pena de morte inflama o país, Roy Trivedy, representante Onu residente em Port Moresby, solicitando o governo a repensar a questão da pena de morte, 50 anos depois da última execução na Papua Nova Guiné.
Numa nota enviada a Fides, Trivedy explica: “A experiência mostra que a introdução da pena de morte não é um inibidor eficaz. Todas as pesquisas demonstram que, na realidade, o que conta é a confiança da população na certeza da pena: ou seja, que quando crimes graves forem cometidos, os culpados serão presos e punidos dentro de um razoável prazo de tempo. É a certeza, mais do que a severidade da pena, que desencoraja realmente os criminosos”.
O segundo problema, segundo o representante da ONU, “é o de possíveis erros judiciários. Mesmo em sistemas jurídicos muito avançados e sólidos, existem riscos reais de que as pessoas sejam condenadas e justiçadas injustamente”. Trivedy adverte “para a introdução de um instrumento que pode ter implicações enormes para todo o país e que será um retrocesso”. Por isso, invoca para Papua Nova Guiné “uma campanha maciça de sensibilização pública, que ajude as pessoas a entenderem”, formulando o auspício de “propostas alternativas” e de um “diálogo nacional”, que inclua todos os membros da sociedade sobre um tema tão delicado. (PA) (Agência Fides 3/2/2014)


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