Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Brasília (Agência Fides) – Um novo alerta pela dramática situação dos haitianos que buscam refúgio no Brasil, que chegam de modo ilegal, foi lançado pela Ong brasileira Conectas depois da visita da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ao Peru. Na ocasião, de fato, Rousseff afirmou que os dois países colaborarão para combater as redes ilegais de traficantes de pessoas, em especial as que gerem a viagem dos emigrados do Haiti em direção ao Brasil. Segundo as informações enviadas à Agência Fides por Adital, para alcançar ilegalmente o Brasil, os haitianos atravessam a República Dominicana, o Equador e o Peru, submetidos a repetidas violações dos próprios direitos, a abusos sexuais, maus-tratos, extorsões e torturas.
Mesmo reconhecendo a importância da iniciativa, a Ong lamenta que não tenham sido tomadas iniciativas urgentes e concretas, como a solução para a crise dos alojamentos, que permitem aos refugiados haitianos que já chegaram ao Brasil de iniciar uma nova vida. A maior parte dos migrantes, de fato, sofre em condições precárias e desumanas de vida e de tratamento.
Reforçar a atenção das embaixadas, facilitar a concessão de visto por motivos humanitários, promover campanhas de informação nas cidades na rota dos migrantes haitianos, trabalhar com os governos em nível regional para investigar as denúncias apresentadas e combater os traficantes, são as propostas de Camila Asano, coordenadora do “Programa de Política Externa” de Conectas, que junto a outras organizações empenhadas nesta frente enviaram um documento à Presidente do Brasil antes de sua viagem ao Peru, indicando alguns meios para acabar com as violações dos direitos humanos nos países que os migrantes atravessam. A maciça migração dos haitianos teve início em 2010, depois do devastador terremoto que causou mais de 300 mil mortos e a destruição da maior parte das infraestruturas. (SL) (Agência Fides 16/11/2013)
