ÁSIA/JORDÂNIA – Os responsáveis pelas escolas católicas: a “primavera árabe” teve um impacto negativo sobre a liberdade de educação

Quarta, 30 Outubro 2013

Amã (Agência Fides) – A chamada “primavera árabe” teve até agora um impacto negativo sobre a liberdade de educação em muitos países no norte da África e no Oriente Médio, que penalizou a tradicional obra educativa conduzida nessa região pelas escolas cristãs. O quadro pouco confortante da situação emergiu no encontro anual dos secretários nacionais das escolas católicas no Oriente Médio e no norte da África, realizado em Amã de 17 a 19 de outubro. Em geral, em nenhum país o debate ou a queda dos precedentes equilíbrios de poder abriu novos horizontes no terreno da liberdade de educação e da revisão dos modelos de instrução. “Mesmo nas situações mais favoráveis, como a que vivemos na Jordânia”, explica à Agência Fides o padre Hanna Kildani, responsável pelas escolas cristãs no país –, “se fala há algum tempo com os dirigentes do Ministério da Educação em torno da necessidade de rever os livros escolares, valorizando os critérios da liberdade de consciência, do respeito recíproco, do diálogo entre as comunidades religiosas e inserindo nos programas também as referências da história do Cristianismo. Mas até agora não registramos nenhuma mudança concreta”. Em outros contextos – como documentaram os diversos responsáveis nacionais em seus relatos – os sinais são bem mais graves. Nos países em que prevaleceram partidos e grupos de caráter islamista, como a Tunísia ou a Faixa de Gaza, sente-se a pressão crescente para inserir a ideologia islamista nos programas escolares. “No Egito”, refere pe. Kildani, “as escolas cristãs e as igrejas se tornaram o alvo dos ataques e dos atentados realizados por grupos islamistas para aterrorizar os coptas: assim, agora as pessoas têm medo de mandar os próprios filhos para estudar nas escolas cristãs”. (GV) (Agência Fides 30/10/2013).


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