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Kinshasa (Agência Fides) - "Circulam boatos insistentes de que Ruanda atacará sábado, 26 de outubro, simultaneamente Goma e Bukavu", refere à Agência Fides uma fonte local de Bukavu, capital de Kivu do Sul (leste da República Democrática do Congo). Goma é a capital do Kivu Norte. Ambas as províncias congolesas vivem há anos na instabilidade por causa da presença de vários grupos armados. O mais organizado é o M23, que ONU e o Governo congolês afirmam ser apoiado por Ruanda e Uganda.
Em 21 de outubro, a delegação congolesa nas negociações de paz em Kampala, anunciou a suspensão das negociações com o M23, acusando o movimento de guerrilha de apresentar sempre novas exigências à mesa de negociações e, ao mesmo tempo reforçava suas posições no terreno (veja Fides 16 e 23 de outubro de 2013).
Dentre os pontos que emperraram as negociações está o relativo a uma anistia para os membros do M23. O governo, no entanto, respondeu que isso não pode de forma alguma relacionar com os crimes de guerra, atos de genocídio e crimes contra a humanidade, incluindo a violência sexual e recrutamento de menores. Também sobre a reintegração dos membros do M23 nas fileiras do exército as posições entre as partes permanecem distantes. Kinshasa propôs, de fato, que apenas uma parte dos soldados de M23 sejam reintegrados no exército regular e que sejam atribuídos às províncias distantes dos territórios de Ituri, Kivu Norte e Kivu do Sul, onde eles têm operado até agora. O M23 exige, no entanto, que todos os seus soldados sejam reintegrados e implantados apenas no leste do país.
Presidente Joseph Kabila anunciou a formação de um governo de unidade nacional "para restaurar a paz e restabelecer a autoridade do Estado, consolidar a coesão nacional, reconstruir o país , em parte destruído pela guerra, e melhorar as condições de vida da país". (L.M.) (Agência Fides 24/10/2013)
