AMÉRICA/PANAMÁ - A Igreja pronta a mediar entre governo e médicos em greve

Quarta, 16 Outubro 2013

Cidade do Panamá (Agência Fides) – O Presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, agradeceu publicamente ao Arcebispo de Cidade do Panamá, Dom José Domingo Ulloa, porque a Igreja Católica aceitou participar como mediadora no conflito entre governo e médicos, em greve há algumas semanas (veja Fides 10/10/2013), e com as outras associações de saúde. O motivo do protesto é a lei 69, que autoriza a contratação de médicos estrangeiros sobretudo para as regiões interioranas do país, e que, segundo os grevistas, iniciará uma privatização gradual do sistema de saúde.
“A lei 69 tem a finalidade de acelerar um processo que deve resolver a necessidade urgente de nomear especialistas para o interior da República", disse o Presidente Martinelli. "Trata-se de uma lei para ajudar as pessoas, não contra os médicos panamenses. Portanto, como expressão de um governo que jamais fechou a porta ao diálogo, o Ministro da Saúde sempre manteve a comunicação com os sindicatos dos médicos para integrar suas observações sobre o projeto. A prova disse é dada pelo fato que de suas 14 observações, 11 foram incluídas no projeto", disse o Presidente à imprensa local.
Dom José Domingo Ulloa Mendieta improvisou uma coletiva de imprensa (cujo vídeo foi enviado à Agência Fides) durante a qual confirmou a intervenção da Igreja para um primeiro contato entre as partes. “Estamos num momento crítico – destacou o Arcebispo -, onde não podemos buscar quem tem culpa, mas mudar de atitude e ser capazes de dialogar.
Devemos mais uma vez, nos confiar aos outros, pois não há mais credibilidade entre nós, e com os outros. Tudo isso deve mudar". Das últimas informações notamos que uma grande parte de médicos voltou ao trabalho, mas a situação permanece crítica e em alguns centros de saúde a situação é tensa. (CE) (Agência Fides, 16/10/2013)


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