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Zamboanga (Agência Fides) - Enquanto as forças do governo lançaram ataques aéreos contra os rebeldes da "Frente Moro de Libertação Nacional" (FMLN), escondidos com mais de 100 reféns em um distrito de Zamboanga, cidade na ilha de Mindanao, no extremo sul do Filipinas, os cidadãos deslocados subiram para 70 mil e estão em centros de assistência espalhados pela área. De acordo com fontes locais, o primeiro balanço de quatro dias de combates, desde que o governo de Manila escolheu "a opção militar" para resolver a crise, é de 62 mortos, incluindo 51 guerrilheiros e cinco civis.
Os bispos e a sociedade civil em Mindanao pedem um "cessar-fogo" imediato e fazem um apelo às forças do governo e aos rebeldes para que encontrem uma solução pacífica para o conflito. Num comunicado conjunto enviado à Agência Fides, os 18 arcebispos e bispos da ilha convidam o governo e a FMLN "a iniciarem com urgência a mesa de negociações e conversar", dado que "o confronto armado gera apenas mais vítimas e mais violência". Desde o início do assédio, Zamboanga está "praticamente paralisada" e as pessoas "estão num estado de terror", ressaltam os bispos. "Estamos profundamente tristes e chocados com essa tragédia terrível para a vida humana e para os bens de muitas famílias. Expressamos nossa solidariedade a todos os muçulmanos e cristãos afetados”, afirmam. "Condenamos o terrorismo que foi infligido a toda a cidade. Condenamos o ato desumano de usar os reféns como escudos humanos", acrescentaram, reiterando a total disponibilidade da Igreja para ajudar as pessoas deslocadas e também incentivando a administração local e as organizações não-governamentais a contribuírem ativamente na assistência aos refugiados. Os Bispos, enfim, se comprometam a envolver também "outros líderes religiosos muçulmanos, cristãos e indígenas na oração e trabalho em favor da paz". (PA) (Agência Fides 16/9/2013)
