ÁSIA/FILIPINAS – Mais violência em Mindanao: A Igreja pede para depor as armas e acolher os deslocados

Segunda, 9 Setembro 2013

Zamboanga (Agência Fides) – Novos combates e violência entre o Exército e os rebeldes do “Moro National Liberation Front” (MNLF) foram perpetrados hoje 9 de setembro, em Zamboanaga, no extremo sul da ilha de Mindanao, onde mora a grande minoria muçulmana (cerca de 6 milhões de pessoas) da população filipina. Como referem à Fides fontes da Igreja local, cerca de 100 militantes armados do MNLF foram à cidade tomando como refém pelo menos 30 civis e usando-os como “escudos humanos”. Nos confrontos sucessivos com as forças governamentais seis pessoas morreram enquanto 24 ficaram feridas. A Igreja local condenou fortemente a violência. Dom Crisologo Manongas, Administrador Apostólico da Arquidiocese de Zamboanga, disse que ficou “indignado com o fato”. “Fazemos um apelo aos líderes do MNLF – disse – para que não envolva os civis inocentes em seus pedidos políticos. Ações com armas não resolverão nada. Pedimos a todos os envolvidos para que deponham as armas”. No entanto, visto o prolongar-se dos confrontos militares, centenas de deslocados encontraram refúgio em edifícios públicos e as igrejas da arquidiocese foram abertas para deslocados cristãos e muçulmanos e utilizadas como centros de acolhimento para os residentes que procuravam fugir das hostilidades. “Este não é um conflito religioso, é um conflito político. Não existe animosidade entre muçulmanos e cristãos”, acrescentou Dom Manongas.
Atualmente no sul das Filipinas retornou a violência perpetrada pelo histórico grupo rebelde “Moro National Liberation Front”, um dos primeiros a assinar o acordo de paz com o governo de Manila, em 1996. Hoje, o MNLF acusa o governo de ter “violado” o acordo, negociando novamente com outro grupo rebelde, o “Moro Islamic Liberation Front” (MILF) confins e administração da região autônoma muçulmana de Mindanao, instituída em 1996. No mês passado, o MNLF, como ação demonstrativa em contraposição ao governo, declarou “a independência” de algumas ilhas do sul das Filipinas como Palawan, Basilan, o arquipélago de Sulu e Tawi-Tawi e também para Sabah, território da Malásia. (PA) (Agência Fides 9/9/2013)


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