ÁFRICA/ANGOLA - Luanda, cidade mais cara do mundo, onde muitos não têm nada e poucos têm tudo

Sábado, 24 Agosto 2013

Luanda (Agência Fides) - Em 2010, Luanda foi classificada como a cidade mais cara do mundo, antes mesmo de Genebra, Moscou ou Tóquio. Infelizmente, a qualidade de vida dos cidadãos africanos não é minimamente comparável à dos habitantes dessas três cidades mencionadas. Na capital angolana vivem mais de 5 milhões de pessoas, das quais mais de 80% em situação de pobreza, apenas 30% das famílias têm água potável e dois terços da população sobrevive com apenas 1,4 euros por dia. Os anos de mudança e evoluções naturais tornaram Angola uma das maiores reservas de recursos naturais do mundo. É o segundo país produtor de petróleo do continente africano, tem as minas de diamantes mais importantes do mundo, além de abundantes recursos de matérias-primas. Ao mesmo tempo, porém, 30 anos de guerra foram suficientes para reduzir o país em condições de pobreza absoluta. Além da guerra, entre os principais fatores que levaram a este resultado, a destruição total das indústrias locais. 90% dos produtos são importados. A corrupção é outro fator importante. Na verdade, os mercados angolanos são monopolizados ou pelo menos controlados de forma oligopolista protegidos por barreiras de entrada que impedem a chegada de novos concorrentes. De fato, é um dos 20 países mais corruptos do mundo. Para agravar a situação também contribui a falta de equilíbrio entre os grandes investimentos feitos para melhorar a extração de matérias-primas e a quase total falta de escolas, hospitais e estradas. As empresas estrangeiras envolvidas não pensam em fazer nada para o desenvolvimento da população, mas a obterem os melhores contratos que dão a eles o controle do futuro do país. (AP) (24/8/2013 Agência Fides)


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