ÁSIA/MALÁSIA - Uso do termo “Alá” nas redes sociais: Igreja evangélica sob investigação

Sábado, 20 Julho 2013

Kuala Lampur (Agência Fides) – A Igreja cristã evangélica no Estado malaio de Selangor está sob investigação por ter postado uma mensagem na rede social “Facebook” convidando os cristãos a “rezarem para receber a bênção de Alá”. Como referido a Fides pela Igreja malaia, a investigação teve início devido ao uso do termo “Alá”, que para os cristãos malaios ainda é controvertido e está no centro de um procedimento legal que opõe a Igreja Católica ao governo. É um questão que se arrasta desde 2008 e que ameaçando a harmonia religiosa na Malásia (veja Fides 13 e 18/7/2013).
Segundo referido por Fides, o Selangor Islamic Religious Department (JAIS), depois de receber uma reclamação, abriu uma investigação sobre a “National Evangelical Christian Fellowship of Malaysia” (NECF), no estado malaio de Selangor. A denúncia contra a Igreja foi apresentada pela associação nacionalista muçulmana “Jalur Tiga” (Jati), que acusa os cristãos de tentarem converter os malaios através de uma campanha no Facebook. As tensões religiosas que derivam do uso da palavra “Alá” não se aplacaram na Malásia. Um grupo de advogados muçulmanos acusou a NECF – que reúne todas as comunidades evangélicas presentes no país – de cometer “sacrilégio criminoso contra o Islã” para a apropriação indevida do termo “Alá”.
No entanto, os cristãos lembram que o julgamento de 2009 sobre a controvérsia em andamento deu razão à Igreja Católica, indicando o termo "Alá" como "não exclusivo para o Islã". Além disso, conforme relatado à Fides, a Igreja Evangélica afirmou que sua campanha de oração no Facebook "foi pensada e dirigida somente aos fiéis cristãos". Em particular, se dirigiu a 60% da população cristã da Malásia (num total de 2,8 milhões de fiéis) que praticam o culto em língua "Bahasha Malásia", idioma local. Nesta língua, de fato, não há outro termo para indicar Deus a não ser "Alá". Eles são moradores fiéis, especialmente nas províncias de Sabah e Sarawak, no Bornéu malaio. (PA) (Agência Fides 20/7/2013)


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