ÁFRICA/REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA - "Uma situação nunca antes vista na República Centro-Africana", disse Dom Nzapalainga

Sexta, 28 Junho 2013

Bangui (Agência Fides) - "Uma situação nunca antes vista em nosso país", foi o que disse Dom Dieudonné Nzapalainga, Arcebispo de Bangui, capital da República Centro-Africana, numa entrevista concedida ao "Jornal de Bangui" na véspera de sua partida para Roma, onde em 29 de junho, recebe o pálio das mãos do Papa Francisco.
Conforme relatado por Fides (veja Fides 25/06/2013), os bispos da República Centro-Africana se reuniram recentemente para fazerem um balanço da situação dramática do país. Dom Nzapalainga salienta que todos os bispos afirmaram que em suas dioceses a situação é tão dramática que pode ser resumida com a frase "nunca antes vista" por causa do nível de destruição causado pelos rebeldes Seleka.
"Como nunca antes visto" em relação à destruição de propriedade civil e da administração do Estado (em particular os arquivos. O que leva essas pessoas a aniquilar a memória, queimando os documentos administrativos e outros arquivos?" se pergunta o Arcebispo). "Nunca visto antes" essa fúria contra os cristãos, católicos e protestantes. As estruturas da Igreja foram fortemente afetadas, pelo menos cem veículos das dioceses e missões foram roubados, a ponto de Dom Juan José Aguirre Munos, Bispo de Bangassou, ser obrigado a ir a pé para realizar o seu serviço pastoral (veja Fides 5/6/2013).
"Como nunca antes visto" como o número de mercenários nas fileiras da rebelião que vivem nas costas da população centro-africana exausta.
Sobre tudo isto Dom Nzapalainga testemunha ao Santo Padre, junto com a esperança e o desejo de restaurar a paz no país.
"A minha esperança, disse o Arcebispo de Bangui, é ver a República Centro-Africana unida. Que todos os seus filhos, todas as suas regiões, todas as suas tribos, todas as suas etnias possam se sentir centro-africanos, porque a unidade dá força". "É hora de desafiar os nossos interesses egoístas e buscar o que nos une", concluiu Dom Nzapalainga. (L.M.) (Agência Fides 28/6/2013)


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