Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Abidjan (Agência Fides)- “Queremos rezar pela paz e a reconciliação nacional e pelas vítimas da violência das últimas semanas”, afirmam à Agência Fides fontes da Conferência Episcopal da Costa do Marfim, anunciando um dia de oração que se realizará amanhã, domingo, 28 de novembro, em todas as dioceses do país.
“Em todas as igrejas marfinenses, durante a missa, se rezará para que os nossos políticos trabalhem com espírito de serviço à paz”, dizem as fontes da Fides, que acrescentam: “Assim que as condições de segurança permitirem, os Bispos vão promover uma grande peregrinação pela paz à Basílica de Nossa Senhora da Paz de Yamoussoukro”.
“Os Bispos marfinenses são muito ativos em difundir entre a população sentimentos de perdão e reconciliação nacional”, afirmam as fontes da Conferência Episcopal Marfinense. “Durante a reunião da Conferência Episcopal, em junho deste ano, os Bispos escreveram uma oração especial pela paz na Costa do Marfim, que será recitada durante todas as celebrações eucarísticas e nos momentos de oração coletivos, e os fiéis são convidados a recitá-a na sua oração pessoal.”
A tensão na Costa do Marfim diminuiu um pouco, depois dos confrontos das semanas passadas, mas o problema político e militar continua. No dia 26 de novembro, uma delegação das Nações Unidas, que se encontra em visita à Costa do Marfim, dirigiu um apelo para que o governo de reconciliação nacional retome o mais rápido possível o trabalho na sua original composição. Os ministros que representam os rebeldes, de fato, foram substituídos durante o último Conselho dos Ministros.
Continuam, enquanto isso, os contatos diplomáticos para revolver a crise. O Presidente sul-africano Thabo Mbeki, encarregado pela União Africana para mediar a crise marfinense, na próxima semana irá até Abidjan para encontrar o Presidente marfinense Laurent Gbagbo e os representantes dos rebeldes, enquanto a situação na Costa do Marfim esteve no centro de um encontro entre o Presidente francês, Jacques Chirac e o seu homólogo nigeriano, Olusegun Obansajo. (L.M.) (Agência Fides 27/11/2004)
