ÁSIA/SÍRIA - Ultimato conjunto russo-americano para Assad? Precisamos urgentemente de uma "solução política"

Sexta, 14 Dezembro 2012

Damasco (Agência Fides) - A Rússia e os Estados Unidos se apressam para convocar um ultimato conjunto ao Presidente Bashar Assad através do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, para que deixe o poder "com dignidade". Segundo a notícia, publicada hoje pelo jornal francês "Le Figaro", Washington e Moscou teriam "combinado os nomes" dos responsáveis que poderiam constar no governo de transição.
Segundo fontes contatadas pelas Agência Fides, a chave para compreender a mudança de atitude do governo russo sobre a crise síria está na possibilidade oferecida à Rússia de ter um papel na Síria pós-Assad, explorando as ligações criadas nos anos passados através da Universidade Lumumba de Moscou, onde se formaram vários dirigentes sírios. Entre eles, há personalidades que poderão integrar a diretoria política na era pós-Assad. Uma fonte confidencial revela à Agência Fides que um dos mais altos dirigentes da coalizão das forças de oposição síria é um homem com profundos elos com Moscou. Segundo referido a Fides por um expoente do movimento de oposição síria "Syrian Non Violent Movement" (SNVM), a solução política realista pode ser que "a família Assad deixe a Síria e seja criado um governo de transição com os representantes de ambas as partes, o governo e a coalizão de oposição, que não tenham participado da violência". O "diálogo nacional", auspiciado por SNVM, permitiria "estabelecer um necessário cessar-fogo", com a perspectiva de "realizar eleições livres e transparentes em até seis meses" e de "ressarcir as famílias dos mortos e dos feridos". "Hoje é essencial – conclui o representante – a transição pacífica do poder a um governo eleito, para evitar a destruição completa da Síria". (LM/PA) (Agência Fides 14/12/2012)


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