ÁFRICA/QUÊNIA - "A reconciliação através do respeito pelas diferenças", afirmam os bispos em vista das eleições de 2013

Sexta, 14 Dezembro 2012

Nairóbi (Agência Fides) - A Igreja Católica se comprometeu para que as eleições de março de 2013 se realizem pacificamente e rejeita a alegação de ter apoiado uma parte ou outra no confronto pós-eleitoral de 2007-2008. Foi o que disse Pe. Vincent Wambugu, Secretário da Conferência Episcopal do Quênia, num discurso aos responsáveis pela seção queniana do Catholic Relief Service (CRS). "Não há dúvida de que os quenianos estejam preocupados com o estado da nação, enquanto nos aproximamos da eleição presidencial de 4 de março de 2013. Os episódios de violência em algumas partes do país, como no Delta Tana do rio e em Garissa, são uma 'indicação do mau estado da nação", disse Pe. Wambugu.
"O Quênia ainda está se recuperando da violência pós-eleitoral de 2007/2008. Depois da promulgação da nova Constituição, o país ainda está dividido em linhas tribais", acrescentou. "É nosso dever, como pessoas que trabalham nas instituições da Igreja, trabalhar para o renascimento de um Quênia pacífico". Pe. Wambugu lembra que não é por acaso que a campanha da Quaresma de 2012 foi "um Quênia unido e pacífico... a mudança que queremos ver".
O secretário da Conferência Episcopal sublinha a este respeito que "como quenianos temos de aceitar, apreciar e respeitar as diferenças sociais, culturais e religiosas dos indivíduos, grupos e povos". "Este é o primeiro passo para a reconciliação, como o respeito pelas diferenças é uma condição em si mesma necessária para as verdadeiras relações entre as pessoas e entre os grupos. A supressão de diferenças pode levar uma paz aparente, mas cria um situação instável, que na verdade é o prelúdio de novas ondas de violência", concluiu. (L.M.) (Agência Fides 14/12/2012)


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