ÁSIA/VIETNÃ - A falta de fundos aumenta os temores de uma maior difusão da malária

Sexta, 5 Outubro 2012

Hanói (Agência Fides) – Acaba de se concluir em Hanói a assembleia anual da Organização Mundial da Saúde no decorrer da qual emergiu a falta de fundos para monitorar os migrantes no país, onde se corre o risco de agravar a difusão da malária resistente a remédios e é necessário estabelecer programas especiais. A resistência pode se difundir por causa da migração através das fronteiras e dentro do Vietnã. Graças à terapia antimalárica combinada à base de artemisina (ACT), entre 2000 e 2011 os casos de óbitos registrados por malária diminuíram de 148 a 14, e os confirmados de 74 mil a 16.500. Todavia, as populações migrantes devem ser mantidas sob controle para evitar o reemergir da patologia e o aparecimento de novos casos de resistência. Segundo os especialistas, com as transferências incontroladas dos trabalhadores temporários, em especial nas florestas, é difícil estabelecer contatos e controlar a malária.
A maior parte das atividades florestais do Vietnã se concentram nas Central Highlands, onde os migrantes, provenientes principalmente do Delta de Mekong, vivem com o trabalho da madeira. Com base nos dados fornecidos ao governo pela Organização Internacional para as Migrações, os migrantes constituem cerca de 25% da população das maiores cidades dos país. A proteção contra os insetos é distribuída somente às famílias que se registram junto às autoridades. Para combater a doença, os proprietários das empresas agrícolas distribuem telas contra os mosquitos tratados com inseticidas aos seus trabalhadores. Também é importante submeter os trabalhadores na região a análises, fornecer medicamentos e telas, formar agentes de saúde para a diagnose e o tratamento da malária. Em 2008, os bosques cobriam cerca de 39% do país, cerca de 13 milhões de hectares. De uma pesquisa publicada em abril de 2012, de 3200 pacientes que vivem na fronteira norte-ocidental com a Tailândia, perto de Mianmar, de 2001 a 2010 emergiu um constante aumento de resistência aos medicamentos de 0.6% a 20%. (AP) (5/10/2012 Agência Fides).


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