ÁFRICA/ANGOLA - Eleições gerais: “Não à abstenção” - dizem os Bispos; a Igreja participa com os próprios observadores

Quinta, 30 Agosto 2012

Luanda (Agência Fides) – Observadores da Igreja católica também estarão presentes para garantir o correto andamento das eleições gerais de 31 de agosto em Angola. A equipe de observadores é coordenada por Pe. Belmiro Tchissengueti, Secretário-executivo da Comissão “Justiça e Paz”. As eleições legislativas são indiretamente também presidenciais, porque segundo a nova Constituição, o líder do partido vencedor nas eleições parlamentares se torna também Presidente da República.
Em mensagem enviada à Agência Fides, os Bispos angolanos convidam a população a votar. “A eleição dos governantes, efetuada livremente pelos cidadãos, é o verdadeiro alicerce da democracia. Ao contrário, todo governo que comanda com a força ou por sucessão hereditária pode se definir democrático somente usando ironia” – afirma a mensagem. "Portanto, em uma democracia, o real titular do poder é o povo, que por meio de eleições, delega o poder aos funcionários eleitos”.
A consequência – prosseguem os Bispos – é que as eleições são um direito do povo, um direito que não pode ser usurpado em nenhum caso. Um direito cívico que também um dever quando não exercido e gera a eleição de um candidato inadequado. Neste caso, a abstenção é uma verdadeira culpa, não apenas civil, mas também antipatriótica. Assim sendo, nenhum cidadão pode ficar indiferente às eleições”.
Os Bispos indicam alguns critérios gerais para orientar os eleitores na escolha dos partidos e dos candidatos a se votar, considerando de modo especial o seu programa. Dentre os temas mais importantes, indicam-se: pobreza, aumento do abismo entre ricos e pobres, desigualdade de oportunidades, disparidades regionais, defesa da vida desde a sua concepção, proteção da família, recuperação dos valores éticos e espirituais. Também deve ser avaliada a competência dos candidatos em colocá-lo em prática. (L.M.) (Agência Fides 30/8/2012)


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