ÁSIA/IÊMEN - Milhares de pessoas correm risco de fome e carecem de assistência de saúde por causa da suspensão das ajudas humanitárias. Como sempre, as mais vulneráveis são as crianças

Sábado, 17 Dezembro 2011

Sana'a (Agência Fides) – Milhares de pessoas sob assédio das tropas armadas rebeldes no norte do Iêmen precisam urgentemente de alimentos e de assistência de saúde. Segundo fontes humanitárias engajadas no local, já há muitos mortos e feridos. Quatro crianças morreram de fome desde que os homens armados do grupo Houthi impediram o acesso das ajudas humanitárias na aldeia de Dammaj, mais de um mês atrás. Dammaj, 9 km a sudeste de Sa'ada City, capital do estado de Sa'ada, abriga cerca de 12 mil pessoas. A área é controlada pelos rebeldes, mas é sede do instituto dos salafitas islâmicos, fulcro do conflito. Se persistir a proibição de acesso às organizações humanitárias, alimentos, água e medicamentos estarão em risco e outras 200 crianças poderão morrer. Segundo a ONG local Seyaj Organization for Childhood Protection (SOCP), a situação dos menores está se tornando cada vez mais grave. Os postos de saúde da área se tornaram inacessíveis, todas as estradas estão interditadas ou inseguras. Por este motivo, muitas mulheres são obrigadas e dar à luz em casa e várias morrem durante o parto, e com elas, seus bebês. A SOCP lançou recentemente um apelo humanitário pela vida de cerca de 3 mil crianças de Dammaj. Uma equipe, em colaboração com a Comissão Internacional da Cruz Vermelha (ICRC) conseguiu entrar na área e fornecer ajudas urgentes, distribuindo 500 rações de alimentos, trigo, arroz, feijão, açúcar, sal e óleo para cozinhar. A ICRC forneceu também material médico, um kit de remédios, soros fisiológicos, antibióticos e analgésicos. Muitas pessoas foram levadas aos hospitais para serem curadas. Com a chegada do inverno, a organização colocou à disposição também mil cobertores, sabonetes e fraldas para ajudar as condições higiênicas. As tensões sectárias entre os xiitas Houthi e estudantes salafitas existem há anos. Cada um tenta difundir a sua ideologia na região. (AP) (17/12/2011 Agência Fides)


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