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Port Moresby (Agência Fides) - Maior atenção às políticas juvenis e um serviço nacional específico para estudar e combater o fenômeno da criminalidade difusa: são as propostas do Arcebispo Dom Brian Barnes, falando, recentemente, da necessidade de contrastar a violência juvenil e o crescente nível de insegurança e criminalidade registrados no país.
O Arcebispo ressaltou a todos os problemas de homicídios, estupros, furtos e tráfico de drogas, que atingem ‘níveis endêmicos’ - disse - e ‘devem ser imediatamente enfrentados e derrotados’.
De fato, o país registra um alto índice de criminalidade, que despertou um intenso debate sobre as razões e medidas para combatê-lo. O Estado tentou responder, aumentando as medidas de segurança e as forças de ordem, e grupos e associações civis e religiosas, entre as quais, a Igreja Católica, estão sugerindo novas soluções e propostas.
Detendo-se sobre a formação e a mentalidade das novas gerações, decisivas para o futuro da sociedade de Papua, o Arcebispo sugeriu a possibilidade de introduzir o serviço militar obrigatório, que ajudaria a formar um senso de disciplina, fidelidade à nação, serviço à sociedade. Por outro lado, disse, é preciso um trabalho de formação e socialização positiva, com valores de respeito, amor e solidariedade, que a Igreja está praticando em Nova Guiné, por exemplo, através da obra dos religiosos Salesianos.
É freqüente em cidades como Port Moresby, Lae, Mt Hagen, o fenômeno dos bandos juvenis, denominados raskols, que semeiam pânico entre a população, com contínuas violências. São formadas principalmente por jovens desempregados, que não encontram trabalho na sociedade.
Nota-se que em Papua Nova Guiné a instrução não é obrigatória e muitos jovens, especialmente de famílias mais pobres, não freqüentam escolas. A idade mínima de perseguição penal é 16 anos, e muitos jovens iniciam a vida de detenção em plena adolescência.
A Igreja em Papua Nova Guiné continua a trabalhar com atividades de pastoral juvenil para oferecer aos jovens um ambiente saudável e valores morais com os quais impostar a própria vida, sobretudo no campo da instrução escolar e da formação profissional. (PA) (Agência Fides 27/9/2004)
