VATICANO - Audiência do Papa aos Núncios Apostólicos na África: “Continuem a ser testemunhos de comunhão, favorecendo a superação das tensões e incompreensões, a vitória sobre a tentação do particularismo, e um maior sentido de pertença ao único povo de Deus”

Cidade do Vaticano (Agência Fides) - Na manhã de sábado, 25 de setembro, o Santo Padre João Paulo II recebeu em Audiência na residência de Castel Gandolfo, os Núncios Apostólicos que participaram do Encontro de Representantes Pontifícios na África. O encontro teve lugar no Vaticano de 23 a 25 de setembro, e foi convocado a dez anos da celebração da Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a África (abril/maio de 1994) e a seis do primeiro encontro do gênero, em março de 1998. O encontro recordou também a trágica morte de Dom Michael A. Courtney, Núncio Apostólico em Burundi. Os Representantes Pontifícios, junto aos Responsáveis de diversos Dicastérios da Cúria Romana, trocaram informações e reflexões sobre a situação política, social, econômica, religiosa e eclesial do Continente africano e sobre as modalidades mais adequadas para resolver a delicada missão a eles confiada.
O primeiro pensamento do Santo Padre, em seu discurso aos Representantes Pontifício, foi para o Arcebispo Michael Aidan Courtney, Núncio Apostólico em Burundi, morto em 29 de dezembro passado: “desempenhou com generosidade e fidelidade a própria missão em favor do castigado povo de Burundi, até o supremo sacrifício da vida. Que o seu heróico testemunho possa oferecer um maior vigor àqueles que atuam pela paz em Burundi e em todo o Continente africano!”.
O Pontífice agradeceu os Representantes Pontifícios por seu serviço, realizado “com zelo e fidelidade, em meio a situações difíceis, partilhando os sofrimentos e dramas das Igreja e populações”, e destacou: “Saibam que o Papa e a Cúria romana estão-lhes próximos, como prova este encontro”.
A solicitude pastoral da Igreja com o Continente africano expressou-se de modo particular com a Assembléia especial do Sínodo dos Bispos para a África e a Exortação apostólica pós-sinodal "Ecclesia in Africa", que o Papa recordou em seu discurso, evidenciando que hoje, a Igreja na África deve “confrontar-se com velhos e novos problemas, mas também está aberta a grandes esperanças”.
“Como Representantes Pontifício, vocês são chamados a acompanhar o desenvolvimento das Comunidades eclesiais, a favorecer o progresso integral da sociedade, e sobretudo, a sustentar “o encontro das culturas com Cristo e seu Evangelho”. Esta foi a exortação do Santo Padre, que, em particular, convidou os Núncios a prosseguir o empenho a “ser testemunhas de comunhão, favorecendo a superação das tensões e incompreensões, a vitória sobre a tentação do particularismo, o aumento do sentido de pertença ao único e indiviso Povo de Deus”. (S.L.) (Agência Fides 27/9/2004)