OCEANIA/AUSTRÁLIA - Um australiano a cada 10 vive atualmente abaixo da linha de pobreza: grande compromisso de todas as organizações católicas

Sexta, 22 Outubro 2010

Sydney (Agência Fides) – Mais de um bilhão de pessoas no mundo vivem em condições desesperadas e lutam contra a fome. No entanto, apesar da riqueza da nação, o aumento do valor do dólar e do boom de recursos, a pobreza e miséria pertencem também à Austrália, onde hoje mais de um australiano a cada 10 vive abaixo da linha de pobreza. Cerca de 2,2 milhões de australianos estão lutando contra a pobreza e vivem em condições de extremo desconforto, e segundo as organizações sociais, este número está crescendo. Recentemente, no início da Semana de Combate à Pobreza, o Arcebispo de Sydney, Cardeal George Pell, pediu às escolas, paróquias e comunidades católicas para organizarem atividades de sensibilização sobre o grave impacto da pobreza. Fundada em concomitância com o Dia Contra a Pobreza das Nações Unidas, que é comemorado anualmente no mundo em 17 de outubro, a Semana de Combate à Pobreza tem como objetivo reforçar a consciência pública sobre as causas e conseqüências da pobreza em todo o mundo assim como na Austrália, e incentivar a pesquisa, debate e ação para combater o problema. Apoiado por organizações como CatholicCare, Caritas, Mission Australia, Sociedade São Vicente de Paulo, Jesuit Social Services, bem como por outros grupos sociais, tais como Anglicare, Cruz Vermelha e UnitingCare durante a Semana de Combate à Pobreza, foram realizadas uma série iniciativas nas escolas para destacar o perfil das pessoas necessitadas. Segundo as organizações de assistência social, engajadas com as famílias e indivíduos que lutam para sobreviver, muitos australianos acreditam que a pobreza é algo que acontece no exterior e não percebem que não somente existe o chamado País Feliz, mas que a pobreza afeta cerca de 10% da população australiana. As últimas estatísticas do Australian Bureau of Statistics indicam que 58% dos indígenas australianos estão em risco de pobreza ou vivem já abaixo da linha de pobreza. Outros, na mesma categoria de risco incluem 28% de desempregados, 28% pagam aluguel, 22% pais solteiros e 7% idosos, inclusive muitos aposentados, que agora lutam para sobreviver. (AP) (Agência Fides 22/10/2010)


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