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Roma (Agência Fides) - Realizou-se ontem em Roma, no Pontifício Ateneu Regina Apostolorum, uma jornada de reflexão reservada aos bispos convidados pelo instituto sobre o tema “As células estaminais: um novo instrumento terapêutico?”, organizada pela Faculdade de Bioética em colaboração com o Instituto Sacerdos, ambos do mesmo Ateneu, para a formação permanente do clero.
O argumento foi focalizado através de diversos pontos de vista: científico, filosófico, ético, social e jurídico.
Padre Gonzalo Miranda, L:C:, diretor da Faculdade de Bioética do Pontifício Ateneu Regina Apostolorum, começou o encontro apresentando algumas interrogações éticas, sublinhando a necessidade de reconhecer a mesma dignidade de todos os seres humanos. A questão de base é se é lícito o uso de embriões humanos, matando-os com o objetivo de obter células estaminais que possam ser utilizadas terapeuticamente para o bem de outras pessoas.
Dentre os vários relatores, Salvador Mancuso, diretor do Departamento para a tutela da saúde da mulher e da vida do nascituro da Universidade Católica do Sagrado Coração, de Roma, evidenciou que nos encontramos diante de um novo cenário para a medicina, referindo-se à possibilidade e à perspectiva da “unidade de terapia celular”. Trata-se de grupos de trabalho que fazem pesquisa sobre as células estaminais adultas. Bons resultados, com bons auspícios para o futuro, foram obtidos com o transplante intra-uterino e a terapia regenerativa.
Do encontro destaca-se que a pesquisa sobre as células estaminais adultas deverá continuar não apenas por razões éticas, mas também pelo fato de que estas são mais promissoras e representam a base para poder desenvolver, através do estudo de seu comportamento, outras terapias. Apresentam melhores resultados em menor tempo e agem na manutenção e na regeneração dos tecidos.
(AP) (Agência Fides 10/9/2004)
