VATICANO - O Papa no Angelus recorda São João Batista e todos os mártires da fé, “que durante os séculos, seguiram corajosamente suas pegadas... De modo especial, os numerosos cristãos, que no século passado foram vítimas do ódio religioso em diversas nações da Europa”

Segunda, 30 Agosto 2004

Cidade do Vaticano (Agência Fides) - No Angelus deste domingo, em Castel Gandolfo, João Paulo II recordou o martírio de São João Batista, que a Igreja celebrou ontem. “Em algumas partes do mundo, disse o Papa, ainda hoje os fiéis pagam por sua fé.” O Santo Padre ressaltou que o sangue imolado é sinal da santidade da Igreja, convidando todos, inclusive aqueles que não são chamados ao extremo sacrifício, a viverem o Evangelho sem reservas.
O martírio representa “o vértice do testemunho à verdade moral”, disse o Papa, para depois recordar aqueles que, também hoje, derramam o sangue para testemunhar o Evangelho com coerência: “Também hoje, em algumas partes do mundo, os fiéis continuam a ser submetidos a duras provas por sua adesão a Cristo e à Igreja.” Mesmo se relativamente poucos são chamados ao sacrifício supremo, existe, porém, “um testemunho coerente que todos os cristãos devem estar prontos a dar a cada dia, também a custa de sofrimentos e de graves sacrifícios”.
O Papa destacou ainda o quanto isso seja difícil, mesmo na vida mais comum do dia-a-dia. “É preciso um verdadeiro empenho, por vezes heróico, para não ceder às dificuldades e aos compromissos e para viver o Evangelho radicalmente.” E permanece o valor todo especial do sangue derramado: “O martírio è ‘um sinal notável da santidade da Igreja.” O próprio Papa recordou tê-lo afirmado na Carta encíclica Veritatis splendor (O esplendor da verdade). E cita, por sua vez, o Evangelho segundo São Lucas, para evocar à mente a expressão que Jesus usa para João Batista: “o maior entre os nascidos de mulher”. (S.L.) (Agência Fides 30/8/2004)


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