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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - A ONU o definiu como a terceira atividade ilegal mais lucrativa do mundo; capaz de gerar lucros que giram em torno dos 12 bilhões de dólares por ano (as duas primeiras são o tráfico de armas e de droga). O “comércio” de milhares de mulheres, muitas vezes pouco maiores que uma criança, ocorre em todo o mundo com uma impunidade quase absoluta e, em muitos casos, com sanções muito menos severas daquelas estabelecidas para o tráfico de drogas. A total ausência de medidas contra a prostituição, que se registra na maioria dos países, permitiu seu crescimento incontrolável. Do terceiro mundo, chegam todos os dias jovens mulheres, enganadas, muitas vezes menores de idade, que fogem da guerra, da miséria ou de outras situações de pobreza, para popular as ruas e os bordéis dos chamados países desenvolvidos. São a carne a ser abatida de um comércio submerso, que move milhares de euros por ano, que fogem dos controles fiscais, e que geralmente está ligado ao tráfico de drogas e a outras atividades ilegais.
A Igreja sempre saiu em defesa dos seres humanos, da dignidade de todo homem e de toda mulher, do valor da sexualidade e do matrimônio, para denunciar a exploração sexual, o tráfico de pessoas, a prostituição, a pornografia, o uso indevido da publicidade, através da voz do Papa, das Conferência Episcopais, dos Religiosos e Religiosas, seja dos países de proveniência que de chegada deste terrível comércio. Cresce o número das religiosas empenhadas na linha de frente para acabar com esta espiral de violência e exploração: somente na Itália, são mais de 200, e a essas se unem também as irmãs em clausura, que em seus conventos apóiam ações de suas irmãs que saem às ruas ao lado das mulheres e crianças exploradas.
A esses temas de atualidade, a Agência Fides dedica um amplo e documentado Dossiê, que será publicado de 1º a 6 de agosto, segundo o seguinte calendário:
Primeira parte (publicação domingo, 1º agosto)
A terceira atividade ilegal mais lucrativa do mundo - Dados e cifras da grandeza do problema - Funcionamento global da demanda e da oferta: tabelas.
Segunda parte (publicação domingo, 1º agosto)
As modalidades de ingresso - O tráfico de mulheres em direção à Itália: os diversos sistemas operativos - Perfil das vítimas - Uma atividade que move bilhões - Uma cadeia com muitos anéis - Fatores que criam o fenómeno - Os riscos das ruas e as consequências.
Terceira parte (publicação domingo, 1º agosto)
Testemunhos de jovens que conseguiram sair da escravidão - Uma religiosa conta a situação da prostituição em Camarões - Normas internacionais - As Conferências internacionais.
Quarta parte (publicação domingo, 1º agosto)
A Igreja levanta sua voz em defesa da mulher - A dignidade da mulher: os documentos do Magistério
Quinta parte (publicação terça-feira, 3 agosto)
A exploração sexual da mulher e o problema da prostituição no Magistério da Igreja.
Sexta parte (publicação quarta-feira, 4 agosto)
O empenho das Igrejas européias e das Conferência episcopais
Sétima parte (publicação quinta-feira, 5 agosto)
Publicidade e pornografia nos meios de Comunicação social - A União Européia diante deste problema
Oitava parte (publicação sexta-feira, 6 agosto)
Religiosos em primeira linha contra esta nova forma de pobreza - Entrevista com Ir. Eugenia Bonetti, que trabalha no Usmi - Dois testemunhos do empenho dos religiosos no mundo - Entrevista com Ir. Ivarosa, do “Centro de acolhimento para mulheres em dificuldades” de Roma - A Organizações que trabalham para derrotar o tráfico de mulheres - Um desafio também para a vida contemplativa. (S.L.) (Agência Fides 30/7/2004)
