ÁFRICA/RD CONGO - Os 80 anos dos Missionários do Sagrado Coração na República Democrática do Congo: um aniversário marcado pela esperança

Terça, 27 Julho 2004

Kinshasa (Agência Fides)- “Devemos estar entre a população, lá onde existe a miséria, para dar às pessoas a esperança de que a vida continua.” Assim, os Missionários do Sagrado Coração explicam o sentido da sua missão em um opúsculo publicado por ocasião dos 80 anos da sua presença na República Democrática do Congo e dos 150 anos da sua fundação. Padre Fritz Rezac, um missionário do Sagrado Coração, que atua há anos no Congo, em declaração publicada pela agência católica congolesa DIA, afirma que os membros da congregação “preferem deixar aos outros as paróquias das cidades, para ir trabalhar lá onde existe mais necessidade: com os doentes, os prisioneiros, nos hospitais, ao lado dos jovens em dificuldades”.
“No Congo”, afirma Pe. Rezac, “o nosso carisma é necessário, porque existem múltiplas situações para as quais doar sinais de esperança”. “È necessário, porém, ser realista. Não podemos ter especialistas em todos os setores. Nós muitas vezes devemos fazer tudo”, intervém Pe. Jacques Spreuwers, que trabalha na pastoral escolar e com os doentes. Devemos atuar escolhas, escolher lugares aonde queremos investir e discernir quais atividades queremos assumir a responsabilidade.”
Os primeiros membros da província belga dos Missionários do Sagrado Coração chegaram ao então Congo belga em 1924, seguidos em 1955 pelos seus co-irmãos da província da Alemanha e da Áustria meridional. Os Missionários do Sagrado Coração evangelizaram as regiões que correspondem às atuais dioceses de Mbandaka-Bikoro e de Bokungu-Ikela, fundadas praticamente por esses religiosos.
Atualmente, a congregação tem no Congo nove religiosos belgas, cinco alemães e austríacos e 28 professos, dos quais 14 com votos perpétuos. Os missionários atuam nas dioceses de Bokungu-Ikela (4 comunidades e 2 paróquias), de Mbandaka-Bikoro (11 comunidades e 3 paróquias) e de Kinshasa (8 comunidades e una paróquias). Dispõem também de um apostolado e de um noviciado em Kinshasa e de um centro cultural Aequatoria em Bamanya. Este último é um importante local de conservação e de transmissão dos valores culturais africanos. O centro foi fundado em 1937 pelos padres Gustaaf Hulstaert e Edmond Boelaert, e teve um importante papel na promoção da inculturação da fé no país. (L.M.) (Agência Fides 27/7/2004)


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