EUROPA/ITÁLIA - “A batalha contra a Aids não pode ser vencida sem combater também a tuberculose”. Amanhã, a Fides vai publicar um dossiê sobre o principal assassino dos soropositivos e sobre a situação desta terrível doença que atinge principalmente os continentes mais pobres. Nove milhões de casos todo ano

Sexta, 16 Julho 2004

Roma (Agência Fides) - Na sua primeira intervenção na conferência mundial sobre a Aids, que se conclui hoje em Bangkok, o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela declarou que para vencer a doença é preciso lutar contra a tuberculose, que hoje no mundo mata mais de 5 mil pessoas todos os dias, cerca de 1,6 milhão todo ano.
Como a maior parte das doenças que necessita de especial assistência e monitoração, o fenômeno da tuberculose permanece ainda hoje um flagelo nos países em desenvolvimento, onde os atingidos representam ¾ dos doentes de todo o mundo. Em 80% dos casos, está espalhado em 22 países, 15 dos quais declarados como os mais pobres do mundo, enquanto os outros sete pertencem à faixa dos países com renda econômica média (Indonésia, Filipinas, África do Sul, Rússia, Brasil, Birmânia e Peru).
É o assassino número um das pessoas atingidas pelo vírus Hiv e provoca de 11% a 50% das mortes. Calcula-se ainda que dos 14 milhões de pessoas que no mundo têm contemporaneamente a tuberculose e a Aids, 7 em cada 10 vivem na África. Na Ásia, provoca 4,5 dos 9 milhões de casos registrados todos os anos em seis países asiáticos (Bangladesh, China, Índia, Indonésia, Paquistão e Filipinas).
Segundo os especialistas, curar a tuberculose significa prolongar a vida dos soropositivos. Se a doença continuar a não ser diagnosticada, acredita-se que nos próximos anos poderia se verificar um bilhão de novas infecções, 200 milhões de pessoas poderiam desenvolver a doença e outros 35milhões poderiam morrer.
É uma doença de extrema atualidade e como tal deve ser absolutamente prevenida, uma verdadeira emergência sanitária, que todos os anos faz registrar no mundo quase nove milhões de novos casos, cuja distribuição nos países varia de acordo com as condições sócio-econômicas, dos diversos programas de controle e do impacto do Hiv.
A Agência Fides quis dedicar amplo espaço a este problema, preparando um dossiê com dados, estatísticas e testemunhos daqueles que estão empenhados na luta contra esta terrível doença.
(AP) (16/7/2004 Agência Fides)


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