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Kinshasa (Agência Fides) - Nos 40 anos do Decreto conciliar Ad Gentes e nos 10 anos da Assembléia especial do Sínodo dos Bispos para a África, a Conferência Episcopal do Congo organizou o Congresso Internacional de Missiologia “Tertio Millennio”, que se realiza em Kinshasa. Aberto domingo, 11 de julho, com o discurso do Card. Frederic Etsou, Arcebispo de Kinshasa, com a leitura da Mensagem enviada pelo Card. Crescenzio Sepe, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, e com a intervenção de Dom John Olorunfemi Onaiyekan, Arcebispo de Abuja e Presidente do SCEAM (Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar), o Congresso prosseguirá seus trabalhos até sábado, 17 de julho.
Na sua Mensagem, o Card. Crescenzio Sepe destaca que no início do Terceiro Milênio a missão permanece a “maior preocupação da Igreja universal”, e faz votos de que o Congresso “faça emergir propostas concretas em vista da uma renovação das forças e dos esforços da atividade missionária” dando vida, em diálogo com os tempos e com a cultura contemporânea, “a novos modelos, novos métodos para a Igreja ser missionária”. O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos recordou, em seguida, algumas linhas de orientação geral para o reforço da atividade missionária, sendo a primeira de todas a formação dos agentes da missão, “necessária e urgente” para Bispos, sacerdotes, religiosos, leigos, para que “sejam agentes missionários de qualidade, verdadeiras testemunhas da fé, autênticas pedras vivas sobre as quais construir a Igreja”. O Card. Sepe recorda que a Igreja Africana deve enfrentar preciosos desafios: as seitas, o extremismo muçulmano, o subdesenvolvimento econômico. “Para uma missão evangelizadora em profundidade, é preciso que a Igreja na África resolva o difícil problema dos meios financeiros e aplique uma pastoral incisiva.”
Na apresentação do Congresso, cujo tema é “O futuro da atividade missionária ad Gentes, perspectivas para o século XXI”, o Presidente do Comitê organizador, Dom Tharcisse T. Tshibangu, Bispo de Mbuji Mayi e Presidente do Conselho de Administração das Faculdades Católicas de Kinshasa, destaca que o objetivo é analisar a situação da missão hoje e formular propostas para uma frutífera renovação das forças e dos esforços da atividade missionária. O Congresso foi chamado “Tertio Millennio” pois se refere expressamente ao papel que o Santo Padre João Paulo II dá à missão para o Terceiro Milênio, descrito principalmente na Carta apostólica “Novo Millennio Ineunte”.
A primeira parte do Congresso, de domingo, 11 de julho, a quarta-feira, 14, identifica os problemas atuais e as perspectivas continentais da Missão. Entre os muitos temas enfrentados: A doutrina missionária e as exortações dos Papas; O Decreto conciliar ad Gentes e as perspectivas da atividade missionária no século XXI; Perspectivas da missão na África; O Diálogo inter-religioso e intercultural e a missão da Igreja; Igreja e Mundialização; Papel e responsabilidade da mulher africana na Igreja e na sociedade; O desenvolvimento integral da África; a Igreja “Família de Deus”.
A segunda parte do Congresso, a partir do dia 15 até sábado, 17, é dedicada, ao invé,s aos desafios da Missão e à pesquisa teológica na África. Também nesta segunda fase serão enfrentados temas, entre eles: Nova Evangelização e Evangelização em profundidade; Liturgia e Sacramentos na Igreja Africana; Formação dos missionários ad intra e ad extra; O futuro de congregações e institutos missionários; Congregações religiosas africanas; Os leigos missionários hoje; Espiritualidade Missionária. Os trabalhos do Congresso serão concluídos no sábado, 17, com a leitura do relatório geral, das resoluções e das recomendações. (S.L.) (Agência Fides 14/7/2004)
